Abel Ferreira saiu em defesa de Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, após a derrota por 2 a 1 para o Novorizontino neste sábado, na Arena Barueri. O dirigente foi alvo de críticas da torcida, mas o técnico destacou os feitos de Barros e deixou um indício sobre seu próprio futuro, afirmando que este será seu último ano no Brasil. O contrato de Abel se encerra em dezembro, e a presidente Leila Pereira já manifestou o desejo de renová-lo até o fim de seu mandato, em 2027.
– Cada vez que fazem isso, assobiam nosso emblema. Estamos falando diretamente do Barros: 11 títulos, quase 400 milhões de euros em vendas. Quando cheguei, o Palmeiras estava endividado, uma lástima. Não podíamos comprar jogadores nem pagar a todos. Hoje, graças à presidente, aos jogadores, à comissão técnica e ao Barros, somos uma das equipes mais prestigiadas nacional e internacionalmente. Por isso é tão difícil negociar com o Palmeiras – destacou Abel.
– Temos de ter os pés no chão e estarmos juntos em todos os momentos. Não éramos os melhores há uma semana, nem somos os piores agora. Precisamos continuar trabalhando.
O treinador reforçou a ideia de que está vivendo seu último ano no Brasil, analisando os altos e baixos do time durante sua gestão:
– Este é meu último ano no Brasil. Ao longo dos anos, tivemos momentos bons e ruins. Fizemos uma péssima segunda parte hoje, mas vamos seguir trabalhando. Nenhuma equipe vence todas as partidas. Sabemos o que estamos fazendo internamente, e a responsabilidade hoje é minha. Jogamos muito bem no primeiro tempo, mas muito mal no segundo.
Renovação de contrato
Antes da partida, Leila Pereira comentou sobre o futuro de Abel. A presidente confirmou que ainda não iniciou conversas para renovar o contrato, mas reiterou seu desejo de manter o técnico até 2027:
– Não conversei ainda com o Abel sobre renovação. Ele tem contrato conosco até o fim do ano, mas não é novidade que eu gostaria que ele permanecesse até dezembro de 2027. Ele sabe do meu desejo, mas estamos focados no mercado agora. Não tenho dúvidas de que ele está muito feliz aqui conosco – afirmou Leila à TNT Sports.
Análise da partida
Abel Ferreira avaliou o desempenho do Palmeiras e apontou uma queda significativa na etapa final após abrir o placar no primeiro tempo:
– No primeiro tempo, tivemos dinâmicas, boas combinações pelos corredores e criamos oportunidades. Fizemos um gol, mas poderíamos ter feito mais para ter tranquilidade – analisou.
– Na segunda parte, até o pênalti, nosso adversário não havia criado praticamente nada. Depois disso, cometemos muitos erros de passe, inclusive em situações simples. Atribuo isso a uma queda física e anímica.
Com uma pré-temporada mais curta, a comissão técnica e o Núcleo de Saúde e Performance do Palmeiras decidiram dividir o elenco neste início de Campeonato Paulista.
Além de observar o desempenho físico, Abel também avalia as carências do grupo, que conta com os reforços de Facundo Torres, Paulinho e Emiliano Martínez para 2025.
– A necessidade de um zagueiro é evidente. Perdemos Vitor Reis, e há outras posições que vocês já conhecem. Às vezes, perder é importante para expor algumas fragilidades, para que nossos atletas entendam que não há jogos fáceis e que precisamos manter a intensidade do início ao fim.
– Acredito que a responsabilidade seja, em grande parte, física. Todos os jogadores tiveram oportunidades até agora, e cabe a mim escolher os mais indicados para seguir na competição – concluiu.
Próximos compromissos
Com a derrota, o Palmeiras estacionou nos sete pontos, mas ainda lidera o Grupo D. O São Bernardo, que tem seis pontos, pode assumir a ponta caso vença neste domingo.
A próxima partida do Verdão será na terça-feira, contra o Bragantino, no Allianz Parque.