Abel Ferreira sai em defesa do Fluminense e critica vaias da torcida após derrota no Maracanã

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Após a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Fluminense, nesta quarta-feira, no Maracanã, o técnico Abel Ferreira surpreendeu ao direcionar sua entrevista coletiva para defender o adversário. O treinador criticou as vaias da torcida tricolor e destacou a recente participação do clube carioca no Mundial de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos.

A torcida do Fluminense que me perdoe, mas é a minha opinião pessoal. Fico triste, desiludido e reflexivo. O Fluminense foi o time que melhor representou o futebol brasileiro no Mundial. Foi recebido com festa no aeroporto e, agora, ver os mesmos jogadores sendo vaiados me entristece muito. Eles deram muito orgulho aos seus torcedores, afirmou Abel.

O treinador português também mencionou a venda do meia Arias, um dos principais nomes da equipe, para o Wolverhampton, da Inglaterra, como um fator que impacta o desempenho recente do clube.

Além de tudo, perderam seu melhor jogador. O torcedor tem o papel de apoiar, ainda mais uma equipe que teve destaque internacional. Se isso acontecesse no meu Palmeiras, eu diria a mesma coisa. O que me incomoda no futebol é a memória curta. Há menos de um mês, essa equipe estava numa final de Mundial, e agora, dez dias depois, sai de campo sob vaias. Isso não é justo, completou.

Foto: Andre Durão

Palmeiras e Fluminense participaram do último Mundial de Clubes, mas não se enfrentaram. O Verdão foi eliminado pelo Chelsea nas quartas de final, enquanto o time carioca caiu na semifinal. Desde o retorno ao Brasil, o Fluminense acumula três derrotas consecutivas.

Abel ainda comentou sobre o impacto físico e mental da maratona de jogos e reforçou críticas ao calendário do futebol brasileiro.

Foram jogos intensos. Eles não ganharam só prestígio, ganharam dinheiro também. Mas isso tem um custo: o cansaço mental. E não se trata de simplesmente substituir um jogador como o Arias. No Mundial, havia três dias de descanso entre os jogos. Aqui, não tem. Isso é uma vergonha e ninguém fala sobre isso. Lá, o gramado era bom; aqui, nem sempre. Hoje, tivemos mais uma lesão, o Renato também perdeu um zagueiro. Jogos a cada dois dias causam isso, alertou.

Abel finalizou destacando as dificuldades em manter o elenco saudável com uma agenda tão apertada.

O Sosa chegou há uma semana e as pessoas acham que é só colocar em campo. Não é assim. Já falei sobre o calendário: daqui a dois dias jogamos de novo. É preciso sorte para não perder ninguém por lesão. Ninguém se importa se você não tem zagueiros à disposição, só querem saber da vitória. Aí vão dizer que o Abel é mágico… mas não, é zero, zero, concluiu.

Carlos Augusto
Carlos Augusto
Sou jornalista, pós-graduado em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais, com graduação em Jornalismo e formação técnica em Administração. Minha carreira em Comunicação é marcada pelo desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração de fatos, controle e elaboração de relatórios, além de criação de conteúdo voltado tanto para comunicação externa quanto interna. Ao longo da minha trajetória, atuei no desenvolvimento de pautas e redação de matérias, criação de conteúdo visual e apoio em campanhas de endomarketing. Nessas funções, minha dedicação à precisão e à responsabilidade na transmissão de informações tem sido uma constante.

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