A partir de 2025, o reforço das equipes da F1 não se limita às pistas, mas também se estende ao setor administrativo. A Aston Martin, por exemplo, se renovou com a chegada do novo chefe Andy Cowell e do renomado ex-projetista da Red Bull Racing (RBR), Adrian Newey. Para o veterano Fernando Alonso, a influência de Newey será mais impactante do que a de qualquer piloto, até mesmo de Lewis Hamilton na Ferrari.
– Adrian Newey sempre terá mais impacto do que qualquer piloto. Os pilotos vêm e vão, nós 20, aqui, estamos tentando pilotar bem e conquistarmos algo. Mas não sei o que Hamilton vai trazer ou acrescentar à Ferrari; só sei que certamente será menos do que um projetista pode trazer – declarou, em entrevista ao “Diario AS”.
A ida de Newey para a Aston Martin marcou o fim de uma parceria de quase 20 anos com a RBR, o que pegou a F1 de surpresa no ano passado. Newey foi a mente criativa por trás dos carros que garantiram os quatro títulos de Sebastian Vettel (2010 a 2013) e os de Max Verstappen (2021 a 2024).

Além de sua expertise em design, Newey tem uma longa trajetória na F1, iniciando sua carreira em 1980, antes mesmo da introdução do efeito solo, que foi reintroduzido em 2022. Ele passou por equipes como March, Williams e McLaren, onde projetou carros campeões, como o FW14B da Williams, pilotado por Nigel Mansell em 1992, e o MP4/13, que levou Mika Häkkinen ao seu primeiro título em 1998.
– Adrian será uma alma livre, não podem dizer a ele o que fazer. Se pudermos dar uma mãozinha a ele em 2025, tudo bem. Se ele só quiser trabalhar em 2026, tudo bem também. Porque ele é quem tem ideias, e não quer desperdiçar um único dia. Perguntei a Lawrence (Stroll) várias vezes e ele sempre me disse que não achava que conseguiríamos controlá-lo – comentou Alonso.
Alonso comentou sobre o trabalho de Newey na Aston Martin: “Adrian será uma alma livre, não podem dizer a ele o que fazer. Se pudermos ajudá-lo em 2025, ótimo. Se ele só quiser trabalhar em 2026, tudo bem também. Ele é quem tem as ideias e não quer desperdiçar um único dia. Perguntei a Lawrence (Stroll) várias vezes e ele sempre me disse que não achava que conseguiríamos controlá-lo.”
Apesar de ver sua própria equipe com mais potencial do que a Ferrari, Alonso não deixou de comentar sobre o futuro de Hamilton no time de Maranello, equipe que o espanhol representou de 2010 a 2014. Alonso acredita no potencial de Hamilton, desde que o carro italiano seja competitivo e o britânico consiga recuperar a confiança que perdeu nos últimos anos.
– É difícil dizer (o que Hamilton fará na Ferrari). Quando eu vim para a Aston (Martin), a organização era diferente; na Alpine eu me sentia confortável com muitas pessoas da época da Renault e na Aston eu era novo em tudo, mas na primeira corrida já estávamos muito rápidos. É mais uma questão de adaptação ao carro do que qualquer outra coisa – comentou, acrescentando:
– Hamilton precisa ver como o carro se comporta, Leclerc tem mais experiência que ele (na equipe). Lewis ainda teve um pouco de dificuldade com Russell então ele também precisa ganhar confiança, mas sabemos da qualidade que ele tem e que, se ele tiver um bom carro, com certeza será um concorrente.
