Na noite desta quinta-feira, o Osasco Voleibol Clube reafirmou sua hegemonia histórica no cenário nacional ao conquistar o hexacampeonato da Superliga Feminina, superando o Sesi-Bauru por 3 sets a 1 (26/24, 19/25, 28/26 e 25/20) no Ginásio do Ibirapuera. A vitória, além de ser construída com qualidade técnica e maturidade emocional, evidenciou a performance de duas atletas-chave: Natália Pereira e Tifanny Abreu, ambas determinantes nas fases mais críticas da partida.
Primeiros Sets: equilíbrio emocional e gestão de pressão
No primeiro set, a equipe osasquense demonstrou superioridade na administração emocional sob pressão — um aspecto frequentemente decisivo em finais. O início forte (5 a 1) foi sustentado por um sistema ofensivo centrado em Natália, que comandou a virada mesmo após o Sesi-Bauru alcançar o empate. O set foi decidido nos detalhes, especialmente na eficiência do side-out e no aproveitamento do contra-ataque, coroado por um rali encerrado por Tifanny.
O segundo set, por sua vez, expôs vulnerabilidades na transição defesa-ataque do Osasco, o que permitiu ao Sesi-Bauru ampliar vantagem a partir do 12 a 7. Com Acosta desequilibrando ofensivamente e um sistema de bloqueio mais eficiente, o time bauruense empatou a partida explorando erros não-forçados do adversário — fator que o técnico Luizomar de Moura destacaria posteriormente.
Terceiro Set: resiliência, ajuste tático e protagonismo
A terceira parcial foi marcada por oscilações. O Osasco iniciou com um 5 a 0 imponente, utilizando uma estratégia de saque agressivo para quebrar o passe adversário. Contudo, erros de ataque e falhas na leitura defensiva permitiram ao Sesi-Bauru empatar e pressionar. Aqui, brilhou a versatilidade tática de Natália, que alternou ataques de fundo e bolas rápidas na entrada de rede, além de exercer papel crucial no bloqueio nos momentos finais. A leitura de jogo de Tifanny também foi essencial para manter o ritmo ofensivo em momentos de instabilidade.

Quarto Set: domínio psicológico e imposição técnica
O set final traduziu o acúmulo de experiência do Osasco. Natália, com 25 pontos, apresentou uma performance de excelência — combinando potência e precisão, além de registrar um ace técnico no penúltimo ponto. A presença de Tifanny, com ataques consistentes e cobertura eficiente, selou a vitória. O Osasco, aqui, demonstrou superioridade em todos os fundamentos-chave: saque tático, passe estabilizado, variação ofensiva e bloqueio estratégico.
Considerações finais
Este hexacampeonato consolida não apenas a força do projeto Osasco, mas também destaca o impacto da liderança de Luizomar de Moura, cuja leitura tática refinada e capacidade de ajustes em tempo real foram determinantes. A conquista entra para a história como um exemplo de excelência técnica, inteligência emocional e performance coletiva em alta performance esportiva.