A derrota para o Barcelona na final da Copa do Rei, neste sábado, aumentou ainda mais a pressão sobre o técnico Carlo Ancelotti no comando do Real Madrid. Cotado para assumir a seleção brasileira, o treinador italiano evitou falar sobre seu futuro e afirmou que a situação será definida “nas próximas semanas”.
— Já disse: posso continuar (no Real) ou posso parar. Este é um assunto para ser resolvido nas próximas semanas, não hoje — declarou Ancelotti em entrevista coletiva após a derrota por 3 a 2 para o Barcelona, em Sevilha.
O período citado por Ancelotti pode marcar também a última chance do Real Madrid levantar um título nesta temporada. Atualmente quatro pontos atrás do líder Barcelona no Campeonato Espanhol, o time merengue enfrentará o rival no dia 11 de maio, em um duelo decisivo. Uma nova derrota praticamente encerraria as possibilidades de reverter a diferença na tabela.
O Real Madrid aposta no possível desgaste do Barcelona para buscar a recuperação nas rodadas finais. Enquanto a equipe de Ancelotti foca apenas no Espanhol, o Barcelona está envolvido na semifinal da Liga dos Campeões da Uefa e enfrenta uma sequência de jogos difíceis: encara a Inter de Milão na quarta-feira, depois o Valladolid pelo Espanhol no sábado, e novamente a Inter, na Itália, no dia 6 de maio.
— Vamos descansar dois dias. Teremos tempo para nos preparar para as duas próximas partidas e seguir competindo até o final — disse Ancelotti, projetando o confronto contra o Celta de Vigo no próximo domingo e o clássico contra o Barcelona.
O treinador também terá de lidar com possíveis desfalques. Três jogadores foram expulsos nos minutos finais da prorrogação contra o Barcelona: Rüdiger, Lucas Vázquez e Jude Bellingham, todos punidos por reclamações contra a arbitragem. Eles correm risco de suspensão e podem ficar fora do clássico decisivo.
Ancelotti não escondeu a frustração pela derrota em um jogo eletrizante, que contou com cinco gols e duas viradas. O Real Madrid saiu atrás no placar, virou com gols de Mbappé e Tchouaméni, mas sofreu o empate nos minutos finais com Ferrán Torres e levou o gol da derrota, marcado por Jules Koundé, já na prorrogação, após um erro de passe entre Modric e Brahim Díaz.
— Foi doloroso, por não termos conseguido vencer a Copa (do Rei). Não há o que reprovar, fizemos o jogo que precisávamos fazer. No fim, um detalhe fez a diferença: Brahim pensou que o passe do Luka (Modric) seria nas costas da defesa, mas veio rasteiro. Às vezes pequenos erros custam pouco, dessa vez custou muito — lamentou o treinador.
