O acidente de esqui que Michael Schumacher sofreu nos Alpes Franceses em 2013 mudou drasticamente sua vida, e o estado atual de saúde do heptacampeão da Fórmula 1 permanece um mistério cuidadosamente protegido por sua esposa, Corinna. Pouquíssimas pessoas têm permissão para visitar o ex-piloto — o jornal inglês The Telegraph revelou que são apenas três, fora da família.
Segundo a publicação, os três visitantes autorizados por Corinna estão diretamente ligados à carreira do alemão. Os dois primeiros, quase que certos, são Ross Brawn e Jean Todt, enquanto o terceiro seria Gerhard Berger.
Jean Todt, ex-chefe da Ferrari entre 1994 e 2007, acompanhou de perto o período mais vitorioso de Schumacher, com cinco títulos consecutivos conquistados na escuderia italiana. De acordo com o jornal, ele visita a família aproximadamente duas vezes por mês.

Em entrevistas anteriores, Todt já revelou que assiste às corridas junto com Schumacher e comentou sobre seu estado de saúde, afirmando em 2021 que o piloto havia sobrevivido ao acidente, mas sofria com as consequências e lutava para superá-las.
Ross Brawn, que trabalhou com o alemão durante praticamente toda a carreira nas equipes Benetton, Ferrari e Mercedes, esteve presente nos sete títulos mundiais de Schumacher e também faz parte do restrito grupo de visitantes.
Gerhard Berger, ex-rival nas pistas e amigo da família após o encerramento da carreira do alemão, completaria o trio autorizado a visitar Schumacher.
A ex-esposa de Flavio Briatore, Elisabetta Gregoraci, fez o primeiro relato público sobre essa restrição, afirmando em 2020 que Michael não fala e se comunica apenas com os olhos, e que Corinna montou um hospital na residência do piloto para cuidar dele.
Enquanto alguns membros do paddock da Fórmula 1 não têm acesso ou preferem manter distância para preservar as boas lembranças, o próprio Flavio Briatore declarou recentemente que mantém contato com Corinna, mas evita saber detalhes do estado atual de Schumacher.

A família sempre preza pela privacidade e, junto com a porta-voz Sabine Kehm, controla rigorosamente qualquer informação sobre o ex-piloto.
Em fevereiro deste ano, a justiça alemã condenou à prisão dois homens que tentaram extorquir a família Schumacher. Markus Fritsche, ex-segurança do piloto, e Yilmaz Tozturkan, segurança de boate, foram punidos por ameaçar divulgar milhares de arquivos pessoais, incluindo vídeos, fotos e documentos médicos, caso não recebessem cerca de 14 milhões de euros (R$ 84 milhões).
Curiosamente, em abril, um gesto chamou a atenção dos fãs: Michael Schumacher assinou um capacete do tricampeão Jackie Stewart, como parte de uma campanha para conscientizar sobre a demência.
Além disso, o jornal alemão Bild informou que Schumacher participou de dois eventos familiares importantes recentemente: o casamento da filha Gina-Maria, em Maiorca, no outono europeu passado, e o nascimento de sua primeira neta, que ele teria presenciado após viajar de helicóptero em abril deste ano.