A Argentina não precisou de Lionel Messi para dominar completamente o Brasil em uma noite histórica no Monumental de Núñez. Com um futebol envolvente, os comandados de Lionel Scaloni venceram por 4 a 1 e aumentaram ainda mais a pressão sobre Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira. O time da casa abriu o placar logo aos três minutos com Julián Álvarez e construiu uma vantagem de 3 a 1 ainda na primeira etapa, com gols de Enzo Fernández e Mac Allister. O Brasil chegou a diminuir com Matheus Cunha, aproveitando um erro de Cristian Romero. No segundo tempo, Giuliano Simeone selou a goleada, e o goleiro Bento evitou um placar ainda mais elástico.
Desde o apito inicial, a Argentina mostrou sua intenção de impor seu jogo. Logo aos três minutos, Almada serviu Julián Álvarez, que passou por Murillo e Arana antes de finalizar na saída de Bento. O Monumental explodiu em festa, e a seleção argentina se inflamou ainda mais. Oito minutos depois, Molina cruzou da direita, a bola desviou levemente em Murillo e sobrou para Enzo Fernández, que, sem dificuldades, mandou para o fundo das redes. O Brasil, apático, via os donos da casa dominarem todas as ações ofensivas e quase aumentarem a conta. Aos 26 minutos, Matheus Cunha pressionou Cristian Romero, roubou a bola e bateu no canto de Dibu Martínez, reduzindo o prejuízo. O gol brasileiro deu alguma esperança, mas não impediu que a Argentina seguisse melhor. Aos 36 minutos, Enzo Fernández fez um lançamento preciso, e Mac Allister tocou na saída de Bento para fechar o primeiro tempo em 3 a 1.
Na tentativa de reverter o cenário, Dorival Júnior fez três alterações no intervalo, colocando Endrick, João Gomes e Léo Ortiz nos lugares de Rodrygo, Joelinton e Murillo. No entanto, os erros brasileiros persistiram. Aos 14 minutos da segunda etapa, um corte errado de Léo Ortiz quase resultou em mais um gol de Julián Álvarez. Pouco depois, Giuliano Simeone, filho do técnico Diego Simeone, aproveitou a passividade da defesa brasileira e, com apenas quatro minutos em campo, marcou o quarto gol argentino. Raphinha ainda tentou descontar em uma cobrança de falta que explodiu no travessão, mas já era tarde. A torcida argentina entoou “olé” desde a primeira etapa e ainda ironizou o Brasil com um simbólico minuto de silêncio.
A derrota ampliou os tabus da Seleção Brasileira contra sua maior rival. No Monumental de Núñez, o Brasil não vence há quase 30 anos, desde um amistoso em novembro de 1995, quando Donizete Pantera marcou o gol solitário da vitória. Na Argentina como um todo, a última vitória brasileira foi em 2009, por 3 a 1, em Rosário. E, em qualquer local, a Seleção não vence os argentinos desde 2019, quando superou os rivais por 2 a 0 na semifinal da Copa América. Desde então, foram quatro triunfos albicelestes e um empate.
Com o resultado, a Argentina segue líder das Eliminatórias e, já classificada para o Mundial de 2026, pode usar uma equipe alternativa nas últimas rodadas. O Brasil, por outro lado, caiu para a quarta posição e vê sua situação se complicar ainda mais, aumentando a pressão sobre Dorival Júnior para encontrar soluções antes que a crise se intensifique.
