foto: CUFA Brasil Seleção Feminina da Paraíba comemora classificação para a final da Taça das Favelas 2025.

A Seleção Feminina da Paraíba está na final da Taça das Favelas Brasil 2025. Com uma campanha invicta e um futebol envolvente, o time venceu o Maranhão por 7 a 0 na semifinal e garantiu vaga na decisão contra Minas Gerais, marcada para este sábado (1º), na Arena Pacaembu, em São Paulo. Essa é a primeira vez que o estado chega à final nacional da competição, que reúne equipes de comunidades de todo o país e se tornou símbolo de inclusão e representatividade no futebol brasileiro

O que começou como um sonho em campos de terra virou uma trajetória invicta e inspiradora. A equipe venceu Pernambuco (3×0) e Rio Grande do Sul (3×0), empatou com Goiás (1×1) e seguiu firme nas fases decisivas. Nas quartas de final, superou o Ceará por 1×0 em uma partida intensa e, na semifinal, brilhou com uma goleada histórica: 7×0 sobre o Maranhão. Um desempenho que mostrou ao Brasil o poder e a garra do futebol feminino paraibano.

Entre os rostos dessa campanha está Tamara Alves, a grande artilheira da competição, com nove gols em cinco partidas. Sua trajetória é o reflexo da luta de tantas meninas que sonham em ser vistas, em ter espaço, em jogar com dignidade.

“A gente joga por todas as que nunca tiveram chance. Por cada menina da favela que acreditou que o futebol também pode ser delas

disse Tamara, emocionada, após a classificação para a final.

foto : CUFA Brasil / GE PB Tamara Alves em ação pela Seleção Feminina da Paraíba durante a Taça das Favelas 2025.

O time é formado por jovens de diferentes comunidades da Paraíba. São meninas que treinam entre a escola e o trabalho, que correm atrás de patrocínio, que fazem vaquinha pra viajar. Mas quando o apito soa, elas se tornam gigantes — movidas pelo mesmo amor que as uniu nos campos da periferia.

Neste sábado, às 15h, na Arena Pacaembu, a Paraíba encara Minas Gerais na grande decisão. A partida vale o título, mas o verdadeiro troféu já está conquistado: o respeito, o orgulho e a inspiração que essas meninas despertaram em todo o país.

Porque elas não estão jogando apenas por um estado — jogam pela favela, pelas mulheres e pelas meninas que ainda acreditam no impossível. No gramado, o que se vê é mais do que futebol: é coragem, é empatia, é o grito da Paraíba dizendo ao Brasil que sonhar também é vencer.