Desatenção na reta final custa vantagem para o jogo da volta, em Curitiba; Furacão foi superior ao Vasco e jogou para vencer em São Januário
O filme “Feitiço do tempo“, de Harold Ramis, conta a história de um repórter que inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a viver para sempre os eventos do mesmo dia. Em pouco menos de 72 horas, Vasco e Athletico protagonizaram dois jogos com roteiro idêntico: temperatura elevada dentro e fora das quatro linhas, domínio atleticano nos primeiros 45 minutos e virada cruzmaltina na reta final.
Do ponto de vista rubro-negro, o roteiro não se limita aos dois jogos da semana, diante do Vasco. Em poucos meses, o Furacão deixou escapar inúmeros pontos com gols sofridos nos acréscimos.
Só no Campeonato Brasileiro foram oito. O Athletico sofreu no fim contra Flamengo, Botafogo, Corinthians e Internacional e deixou oito pontos pelo caminho.
Assim como no jogo de segunda-feira, o Athletico foi superior ao Vasco, especialmente no primeiro tempo. Controlou as ações e chegou ao gol com Christian: Canobbio cruzou, Mastriani desviou e o camisa 88 estufou as redes.
O Vasco não ensaiou pressão em nenhum momento, mas entrou no jogo quando Puma Rodríguez descontou – era o início de um filme que assombra a temporada atleticana. Hugo Moura, nos acréscimos, marcou e colocou o Vasco em vantagem.
O Furacão terá de correr atrás do resultado no dia 11 de setembro, na Arena. De maneira geral, o desempenho nos dois jogos contra o rival carioca foi positivo, mas o jogo da volta vai exigir paciência e criatividade para lidar com uma defesa extremamente fechada.