sexta-feira, 13 de junho De 2025

Audi chega à Fórmula 1 em 2026, mas descarta brigar no topo na estreia, diz Binotto

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A Fórmula 1 se prepara para uma nova era a partir de 2026, com mudanças significativas no regulamento de motores e a chegada de novas equipes ao grid. Uma das principais estreantes será a Audi, que assume o controle da atual Sauber. A montadora alemã, porém, já admite que não deve começar brigando nas primeiras posições.

Quem afirma isso é Mattia Binotto, recém-promovido a chefe do projeto da Audi na F1. Em entrevista ao portal Motorsport, o italiano foi direto ao comentar sobre as expectativas:


Estamos focados em nós mesmos. Sabemos que 2026 não será o ano em que estaremos no topo. Não teremos a melhor unidade de potência, mas o caminho que tomamos é o correto. Estou confiante no futuro, afirmou.

A declaração reforça a ideia de que o projeto da Audi é de longo prazo. Segundo Binotto, a meta é construir uma equipe vencedora para brigar por vitórias e títulos apenas por volta de 2030.

O atual desempenho da Sauber, que será rebatizada como Audi, reflete os desafios pela frente. A equipe suíça ocupa as últimas posições do grid nas últimas temporadas — somou apenas quatro pontos em 2024 e, até aqui, seis em 2025, todos conquistados por Nico Hülkenberg no caótico GP da Austrália.

Foto: Divulgação

Binotto tem experiência com mudanças radicais na categoria. Ele estava na Ferrari em 2014, quando a Fórmula 1 implementou os motores V6 híbridos, uma era que marcou o início da dominância da Mercedes, que conquistou oito títulos consecutivos. Agora, com um regulamento que exige uma divisão igual entre a potência gerada pelo motor de combustão e os sistemas elétricos, o desafio é ainda maior.

Desenvolver unidades de potência é muito mais complexo do que parece para quem vê de fora. E o que estamos prestes a fazer nunca foi feito antes na F1. Teremos que mudar toda a cultura de desenvolvimento do motor, e isso não será fácil, explicou o italiano.

Outro fator relevante será a obrigatoriedade do uso de combustíveis 100% sustentáveis — e a escolha do tipo de combustível poderá ser um diferencial de desempenho. Binotto acredita que, assim como ocorreu em 2014, existe a possibilidade de uma equipe largar na frente tecnicamente, com a Mercedes novamente apontada como candidata a se destacar.

Além das mudanças técnicas, a Audi passou por uma reestruturação interna. O CEO Adam Baker deixou o projeto, e Binotto assumiu sua função. A equipe também anunciou a contratação de Jonathan Wheatley, ex-Red Bull, como chefe de equipe, já atuando desde o início da temporada de 2025.

Para fortalecer seu projeto, a Audi planeja construir um centro técnico na Inglaterra, que se somará às atuais instalações: a fábrica de desenvolvimento de chassis em Hinwil, na Suíça, e o centro de produção de motores em Neuburg an der Donau, na Alemanha.

A montadora alemã, que já tem tradição no automobilismo em categorias como Fórmula E e o Rally Dakar, aposta em uma trajetória consistente e estruturada para, no futuro, transformar seu nome em protagonista também na Fórmula 1.

Carlos Augusto
Carlos Augusto
Sou jornalista, pós-graduado em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais, com graduação em Jornalismo e formação técnica em Administração. Minha carreira em Comunicação é marcada pelo desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração de fatos, controle e elaboração de relatórios, além de criação de conteúdo voltado tanto para comunicação externa quanto interna.Ao longo da minha trajetória, atuei no desenvolvimento de pautas e redação de matérias, criação de conteúdo visual e apoio em campanhas de endomarketing. Nessas funções, minha dedicação à precisão e à responsabilidade na transmissão de informações tem sido uma constante.

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