terça-feira, 30 de setembro De 2025

Bernardinho completa 66 anos e lidera nova geração da seleção brasileira em busca de título no Mundial

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Bernardinho e seleção brasileira de vôlei formam uma das parcerias mais marcantes da história do esporte. Aos 66 anos, recém-completados em 25 de agosto, o treinador inicia sua 18ª temporada no comando da equipe masculina, retomando o posto após o período entre o ouro olímpico no Rio-2016 e a saída de Renan Dal Zotto, em 2023. A partir deste domingo, volta a guiar a nova geração na disputa do Campeonato Mundial, nas Filipinas.

Com trajetória repleta de títulos, medalhas e vitórias, Bernardinho também é lembrado pela intensidade à beira da quadra. Porém, para lidar com atletas que nasceram quando já era campeão olímpico em 2004, como o ponteiro Lukas Bergmann, de 21 anos, o técnico precisou adaptar sua forma de liderança. Se antes era explosivo e enérgico, hoje busca equilíbrio, sem abrir mão da disciplina.

A essência é a mesma: disciplina e trabalho duro. Esse é o diferencial. Essa garotada quer se sentir respeitada, mas não pode entregar menos do que o melhor. Tenho pouca paciência para desperdício de tempo e talento. Agora é início de construção, temos que ter paciência com os resultados e com eventuais desequilíbrios — afirmou o treinador.

Foto: Alexandre Durão

Jovens inspirados pela energia do técnico

Bergmann encara as cobranças diárias como aprendizado.

É uma honra. Ele chega cedo, cheio de energia, e isso contagia. Mesmo quando estamos cansados, a disposição dele motiva. Dizem que está mais calmo, mas dentro de quadra a intensidade é a mesma, com cobranças e até broncas. Isso me ajuda a evoluir.

Alan Souza, em sua segunda temporada sob o comando de Bernardinho, também já se acostumou ao estilo.

Nos treinos ele é mais concentrado, mas nos jogos extravasa. Xinga, cobra, depois pede desculpas. Tento absorver o que ele tem de melhor e seguir em frente.

Experiência e adaptação

O levantador Fernando Cachopa destaca a transformação do comandante.

Antes eu via de fora um técnico maluco, que gritava o tempo todo. Hoje percebo que essa não é a parte mais importante. Ele traz sabedoria, extrai o máximo da gente diariamente e está mais calmo.

Lucarelli, campeão olímpico em 2016 e único remanescente daquele time, vê Bernardinho transitando entre passado e presente.

Foto: Yves Herman/Reuters

Sempre foi muito intenso, cobrava o tempo inteiro. Agora tenta ser mais comedido, porque entende que a nova geração lida de outra forma com críticas. Ele se adaptou, mas às vezes volta a ser o Bernardinho do “Velho Testamento”. Essa mescla é importante.

Estreia no Mundial

A seleção brasileira estreia no Campeonato Mundial Masculino de Vôlei no dia 14 de setembro, contra a China, às 10h (de Brasília), em Manila. Depois, encara a República Tcheca no dia 15, às 23h, e a Sérvia no dia 17, no mesmo horário, pelo Grupo H.

Carlos Augusto
Carlos Augusto
Sou jornalista, pós-graduado em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais, com graduação em Jornalismo e formação técnica em Administração. Minha carreira em Comunicação é marcada pelo desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração de fatos, controle e elaboração de relatórios, além de criação de conteúdo voltado tanto para comunicação externa quanto interna.Ao longo da minha trajetória, atuei no desenvolvimento de pautas e redação de matérias, criação de conteúdo visual e apoio em campanhas de endomarketing. Nessas funções, minha dedicação à precisão e à responsabilidade na transmissão de informações tem sido uma constante.

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