Gabriel Bortoleto terminou o GP do Canadá de Fórmula 1, neste domingo (15), na 14ª colocação e fez uma análise honesta do desempenho na corrida. Segundo o brasileiro, faltou um pouco de sorte para que a estratégia da equipe Sauber desse certo.
— Em corridas, a sorte também conta. Estávamos esperando um safety car por muito tempo com os pneus duros, mas ele não veio. Pagamos o preço por tentar algo diferente, e não funcionou — avaliou Bortoleto após a prova vencida por George Russell.
O piloto largou da 15ª posição — herdada após punição a Yuki Tsunoda — e permaneceu na pista até a volta 50 com pneus duros, seguindo uma estratégia ousada da Sauber. A aposta era em um possível acidente que provocasse bandeira vermelha, o que permitiria a troca de compostos sem perda de posições. No entanto, a corrida seguiu limpa por boa parte do tempo.

Quando, enfim, o safety car foi acionado, restavam apenas quatro voltas para o fim. O incidente entre Lando Norris e Oscar Piastri resultou no abandono do britânico, mas não houve bandeira vermelha, e a prova terminou sob intervenção do carro de segurança.
O abandono de Norris fez Bortoleto subir uma posição em relação à largada. No entanto, o brasileiro reconheceu que a estratégia o colocou em desvantagem contra adversários com carros mais rápidos:
— Tive que segurar carros muito mais velozes por várias voltas: Williams, RBs, uma RBR… Foi complicado. Depois que eles me passaram, consegui impor meu ritmo, que foi bom. Ganhei uma posição, mas não o suficiente para pontuar. Começamos em 15º — comentou.
Bortoleto também foi questionado sobre o desempenho em comparação ao seu companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, que somou mais pontos ao terminar em 8º lugar e chegou a 20 no campeonato de 2025. Apesar de ainda não ter pontuado, o brasileiro destacou o equilíbrio entre os dois nas sessões classificatórias:
— O Nico e eu estamos sempre separados por menos de meio décimo nas classificações. No Canadá, a diferença no Q1 foi de apenas 0s062. No meio do pelotão, isso faz uma diferença enorme. Um décimo pode te colocar fora do Q2 — explicou.

Mesmo reconhecendo a consistência de Hulkenberg, Bortoleto afirmou que pretende melhorar sua comunicação com a equipe para aprimorar decisões estratégicas:
— Meu companheiro é experiente e sabe aproveitar todas as oportunidades. Acho que estou tirando o máximo do carro, mas talvez precise conversar mais com a equipe, deixar claro o que espero da corrida, onde quero estar. É algo para se analisar e entender — finalizou.