A Fifa publicou em seu site nesta terça-feira (30) que o Botafogo estará punido com transfer ban a partir desta quarta-feira (31), após ação do Atlanta United (Estados Unidos). O clube norte-americano cobra o pagamento da contratação de Thiago Almada, efetuada em 2024. Com esta punição, o Glorioso está impedido de registrar novos jogadores por três janelas de transferências.
Além disso, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) condenou o Botafogo a pagar 21 milhões de dólares (cerca de R$ 114 milhões na cotação atual) ao Atlanta United. A decisão encerra possibilidades de recurso. Dessa forma, o clube precisa cumprir o pagamento para tentar reverter o bloqueio.

Foto: Vitor Silva/Botafogo
O que o Botafogo alegou para não pagar a compra de Almada
Na visão do Botafogo, quando a negociação ocorreu, em junho de 2024, ficou definido que se pagaria US$ 21 milhões parceladamente em quatro anos. Porém, de acordo com o documento apresentado pelo Atlanta à Fifa, os valores teriam que ser liquidados até o dia 30 de junho de 2026.
A negociação quase melou na reta final. O clube americano exigiu que o jogador abrisse mão dos 10% a que tinha direito — na MLS, o atleta em negociação tem direito a esse percentual por lei. Houve negativa por parte dos advogados do atleta.
Para que o negócio fosse concluído, ficou definido que a Eagle, empresa dona da SAF alvinegra, compraria esse “crédito” de US$ 2,1 milhões de Almada e, posteriormente, o cobraria da MLS.
E essa cobrança está sendo feita em duas vias distintas: o Botafogo cobra os 10% na justiça americana, e o Atlanta pede o pagamento na Fifa. Um dos argumentos do jurídico do Botafogo à decisão da Fifa é que há débito do Atlanta/MLS com o Alvinegro, mas que está sendo cobrado em outra esfera.












