O Brasil ficou com o vice-campeonato da Liga das Nações Feminina de Vôlei neste domingo (27), em Lódz, na Polônia. Em uma final disputada, a Seleção Brasileira começou melhor e venceu o primeiro set, mas acabou superada pela Itália por 3 a 1, com parciais de 25/22, 18/25, 22/25 e 22/25. Com o resultado, as italianas conquistaram o bicampeonato da competição e chegaram à 29ª vitória consecutiva.
Mesmo enfrentando uma equipe que atravessa uma fase histórica, o Brasil iniciou a partida com intensidade e aproveitou bem os erros da Itália. Com uma defesa sólida e boas viradas de bola, abriu vantagem logo de início. A Itália virou o placar na reta final do set, mas as brasileiras reagiram de forma impressionante, anotando sete pontos consecutivos para fechar a parcial em 25 a 22.
No segundo set, o rendimento da equipe brasileira caiu. Com dificuldades no ataque e muitos erros não forçados, a Seleção viu as adversárias abrirem grande vantagem. A Itália controlou a parcial com eficiência, mesmo após a lesão da ponteira Degradi, e venceu por 25 a 18. O técnico José Roberto Guimarães tentou mudar o cenário com substituições, mas as alterações não surtiram efeito.
A terceira parcial teve um início semelhante ao set anterior. O Brasil cometeu erros que facilitaram o trabalho das italianas. Embora tenha equilibrado o jogo em alguns momentos, a Seleção não conseguiu manter o ritmo e foi superada novamente por 25 a 22. A oposta Antropova, que substituiu Paola Egonu, cresceu na partida e se destacou como a maior pontuadora do jogo, com 18 pontos.
Na tentativa de forçar o tie-break, o Brasil iniciou o quarto set com Kisy no lugar de Rosamaria. A mudança surtiu efeito, e a oposta contribuiu com boas finalizações. Gabi também voltou a pontuar com regularidade, e o time se manteve próximo no placar durante toda a parcial. No entanto, uma sequência de bloqueios italianos nos momentos decisivos garantiu a vitória por 25 a 22 e o título para a equipe europeia.
Apesar da derrota, o Brasil encerra a campanha com pontos positivos. A líbero Marcelle, convocada pela primeira vez para a Seleção principal, ganhou a vaga de titular na terceira semana da competição e teve boas atuações. Após a final, ela destacou o orgulho de vestir a camisa do Brasil e a dedicação do grupo:
– Para mim, foi incrível jogar com esse time, representar o Brasil. É uma coisa que todas nós, atletas, desejamos, esperamos. Fico feliz por estar aqui. Não foi o resultado que queríamos, mas não faltou entrega, dedicação. Trabalhamos, estudamos, sabíamos que a Itália não era um time fácil. Demos nosso máximo, fizemos o que pudemos – disse Marcelle.
Outro destaque foi a central Júlia Kudiess, que retornou à equipe após se recuperar de lesão. Em grande fase, ela igualou o recorde de bloqueios em uma edição da VNL, com 63 pontos — mesma marca obtida por Carol em 2022.
Com o fim da Liga das Nações, a Seleção Brasileira volta suas atenções para o Campeonato Mundial, que será disputado na Tailândia a partir de 22 de agosto. O Brasil está no Grupo C, ao lado de Grécia, França e Porto Rico, e buscará um título inédito após quatro pratas e um bronze em edições anteriores.
