O placar de 3 a 0 pode sugerir tranquilidade, mas a vitória do Brasil sobre a França nas quartas de final do Mundial de Vôlei foi tudo menos fácil. As duas primeiras parciais foram dramáticas — 27/25 e 33/31 — e exigiram muito da equipe brasileira, que precisou salvar set points em momentos decisivos. Apenas no terceiro set, vencido por 25/19, a Seleção conseguiu impor maior controle. Com o resultado, a vaga na semifinal está garantida, e o sonho do título inédito segue vivo.
Desafio na semifinal
O próximo obstáculo será a Itália, atual campeã olímpica e da Liga das Nações, que carrega uma impressionante invencibilidade de 34 partidas. O duelo acontece no sábado, às 9h30 (horário de Brasília), com transmissão do sportv2 e tempo real no ge. A boa notícia para o Brasil é que a última equipe a vencer as italianas foi justamente a seleção brasileira, em junho do ano passado, pela fase classificatória da Liga das Nações.
Protagonistas da vitória
Apesar de alguns erros no primeiro set, Julia Bergmann cresceu ao longo do jogo e terminou como a maior pontuadora da equipe, com 18 pontos. Gabi teve altos e baixos, chegou a ser bloqueada em lances decisivos, mas encerrou a partida com 13 pontos e segurança nos momentos finais. Rosamaria brilhou com alto aproveitamento no ataque, enquanto as centrais Diana e Julia Kudies se destacaram no saque e no bloqueio.

Como foi o jogo
O Brasil começou bem o primeiro set, abrindo 5 a 2 e depois 10 a 5. No entanto, a França reagiu, ajustou o saque e passou à frente por 21 a 20. A Seleção retomou a dianteira com um bloqueio de Julia Kudies e, no fim, contou com um erro de rede francês para fechar em 27 a 25.
No segundo set, a França dominou o início e abriu vantagem de 19 a 15. Mas o Brasil reagiu com quatro pontos seguidos, igualou o placar e manteve a disputa ponto a ponto. As francesas chegaram a comemorar o set em 28 a 26, mas um pedido de desafio mudou a decisão e reabriu a disputa. Depois de trocas intensas de pontos, Gabi decidiu: 33 a 31.
Já o terceiro set foi mais controlado. O Brasil abriu vantagem cedo, aproveitou os erros de Cazaute e Ndiaye — destaques da França até então — e manteve o domínio. Com saque mais eficiente, passe ajustado e defesa sólida, a Seleção fechou em 25 a 19, com destaque para Julia Bergmann, decisiva no fim.