O técnico Renato Paiva havia dito: “o cemitério do futebol está cheio de favoritos”. E a frase se confirmou mais uma vez. O Chelsea não tomou conhecimento do poderoso Paris Saint-Germain, que havia vencido todas as competições da temporada, e aplicou um sonoro 3 a 0 para conquistar a primeira edição da Copa do Mundo de Clubes. Cole Palmer foi o destaque absoluto, com dois gols e uma assistência. João Pedro também deixou o dele e brilhou na final, que terminou com confusão entre os jogadores após o apito final.
O time inglês praticamente garantiu o título no primeiro tempo. Com marcação alta e muita eficiência nas finalizações, o Chelsea não deixou o PSG respirar. Em seis chutes ao gol, marcou três vezes. Sem a bola, o time de Londres foi extremamente organizado e neutralizou as principais jogadas dos franceses. No segundo tempo, com a vantagem no placar, os ingleses diminuíram o ritmo e passaram a controlar o jogo, enquanto o PSG pouco ameaçou.

Apesar do favoritismo de outras potências europeias, o Chelsea teve uma campanha crescente na fase eliminatória. Goleou o Benfica, superou Palmeiras e Fluminense, e encerrou sua trajetória com uma atuação de gala diante do Paris Saint-Germain. Com isso, conquistou seu segundo título mundial — o primeiro havia sido em 2021, no antigo formato.
Cole Palmer foi o grande nome do Chelsea na temporada 2024/25. Em 52 partidas, balançou as redes 18 vezes e deu 13 assistências. Na final, marcou dois belos gols — ambos em finalizações semelhantes — e ainda serviu João Pedro no terceiro. Seu desempenho lhe garantiu os prêmios de melhor jogador da final e também da competição.
João Pedro, contratado recentemente por R$ 415 milhões junto ao Brighton, desembarcou nos Estados Unidos durante as férias e rapidamente mostrou por que valeu o investimento. Foi destaque contra o Palmeiras nas quartas, marcou dois gols na semifinal diante do Fluminense e voltou a marcar na final contra o PSG. Sua participação foi determinante para o título.

A partida também teve momentos de tensão. Já nos acréscimos do segundo tempo, o meia João Neves foi expulso, e após o encerramento do jogo, houve uma confusão generalizada. O técnico Luis Enrique chegou a discutir com o atacante João Pedro, e membros das comissões técnicas também se envolveram.
A grande final teve um clima de espetáculo nos Estados Unidos. O presidente norte-americano Donald Trump assistiu à partida ao lado de Gianni Infantino, presidente da FIFA. A cerimônia pré-jogo contou com execução do hino nacional americano, queima de fogos nas cores da bandeira e sobrevoo de aviões de caça. Trump ainda participou da cerimônia de entrega da taça, poucos dias após anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros no mercado americano, válida a partir de 1º de agosto.