O meia Zé Rafael pode ter seu primeiro grande teste com a camisa do Santos neste domingo, às 16h (de Brasília), quando o time enfrenta o Corinthians, na Neo Química Arena, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
Visto como potencial titular a médio prazo, o jogador tem mostrado evolução nos treinos e vem sendo preparado com cautela pelo técnico Cléber Xavier. Após a vitória sobre o Ceará, o treinador até brincou com o desempenho do atleta nos primeiros treinos da semana:
– No início da semana a bola estava meio quadrada. Ela foi arredondando com o passar do tempo. É um cara que ficou muito tempo fora. Tem ritmo, tem que sentir o gramado. Embora ele esteja acostumado (com o Allianz Parque), é um gramado difícil para ele – explicou o comandante do Santos.
Na partida contra o Ceará, Zé Rafael poderia ter atuado por até 30 minutos, mas entrou apenas nos instantes finais por opção técnica. Para o clássico, a tendência é que ele tenha mais tempo em campo, embora sua titularidade ainda seja considerada improvável.

O Santos adota uma abordagem cautelosa, já que o meia vem de uma lesão rara entre jogadores de futebol e ficou um longo período inativo. A comissão técnica quer evitar qualquer risco de sobrecarga muscular.
Além do desafio físico, o duelo com o Corinthians traz pressão psicológica: o Peixe é o penúltimo colocado do Brasileirão, com apenas cinco pontos, e perdeu as últimas duas vezes em que enfrentou o rival fora de casa, ambas pelo Paulistão.
Disputa por espaço no meio de campo
Apresentado recentemente, Zé Rafael afirmou que pode atuar em todas as posições do meio-campo, mas que se sente mais confortável como primeiro ou segundo volante. A posição, inclusive, tem sido alvo de críticas no Santos ao longo da temporada.
Com João Schmidt lesionado, os mais utilizados foram Gabriel Bontempo e Tomás Rincón. Durante a passagem de Pedro Caixinha, Zé Rafael era visto como substituto natural de Bontempo. Agora, com Cléber Xavier, é possível que os dois atuem juntos.
Entre as possibilidades estudadas pela comissão técnica:
A saída de Tomás Rincón, que virou titular com Xavier;
Ou o avanço de Bontempo para o lado direito, com Zé Rafael na função de segundo volante.