O Los Angeles Clippers enfrenta uma investigação da NBA após denúncias de que teria burlado o teto salarial ao firmar um contrato disfarçado de patrocínio de US$ 28 milhões (aproximadamente R$ 146 milhões) em benefício do astro Kawhi Leonard. A informação foi divulgada pelo jornalista Pablo Torre, que afirma ter obtido documentos comprovando a suposta irregularidade. A liga anunciou que irá apurar o caso.
De acordo com a denúncia, o acordo envolveu a empresa de sustentabilidade Aspiration, que recebeu cerca de US$ 50 milhões (R$ 260 milhões) em investimentos do proprietário dos Clippers, Steve Ballmer. A companhia encerrou suas atividades em março de 2025 e enfrenta acusações de fraude, incluindo implicações de seu cofundador, Joseph Sanberg.
O contrato de Leonard, firmado por meio de sua empresa KL2 Aspire LLC, não incluiu qualquer ação de marketing ou promoção publicitária. Um ex-funcionário da Aspiration declarou, em podcast de Torre, que o acordo teria sido estruturado apenas para contornar o teto salarial da NBA.
Em nota oficial, os Clippers negaram qualquer irregularidade. A equipe afirmou que “nem Ballmer nem o clube burlaram o teto salarial” e classificou as acusações como “comprovadamente falsas”. A nota ainda destacou que o apoio da Aspiration ao time foi encerrado após a empresa não cumprir suas obrigações contratuais.
Segundo documentos relacionados à falência da Aspiration, ainda restam US$ 7 milhões (R$ 36 milhões) pendentes de pagamento à KL2 Aspire, mesmo após a dissolução da empresa.
Esta não é a primeira vez que um caso desse tipo ocorre na NBA. Em 2000, o Minnesota Timberwolves foi punido com multa de US$ 3,5 milhões (R$ 18 milhões) e perda de escolhas de Draft em situação semelhante envolvendo o jogador Joe Smith.
Caso a NBA confirme a irregularidade, os Clippers podem enfrentar multa de até US$ 4,5 milhões (R$ 23 milhões), além de punições administrativas, anulação de contratos e restrições em futuras escolhas de Draft.
