O Corinthians reconhece a possibilidade de buscar a Caixa Econômica Federal para renegociar a dívida da construção da Neo Química Arena, embora não haja negociação em andamento no momento.
O assunto voltou à tona após a declaração do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, em entrevista coletiva na última segunda-feira. Sem ser questionado, ele sugeriu que o clube resolva o “problema na Caixa” ou, alternativamente, suspenda os pagamentos para priorizar outras pendências consideradas “mais urgentes”.
Internamente, a diretoria corintiana admite que a renegociação é uma opção futura. O clube avalia diferentes possibilidades de pagamento para apresentar à Caixa e discutir em uma eventual conversa.

Em entrevista à ESPN, o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, afirmou estar aberto à renegociação. O banco, inclusive, estuda criar um fundo de investimento que permitiria ao Corinthians quitar a dívida e ainda obter rendimentos financeiros.
Atualmente, a dívida do estádio está na casa dos R$ 645 milhões, dentro de um endividamento total do clube estimado em R$ 2,6 bilhões. O Corinthians garante que mantém a capacidade de honrar o último acordo, assinado em 2022, ainda na gestão de Duilio Monteiro Alves, cujo prazo final para quitação é 2041.
No balanço financeiro do primeiro semestre, ainda não publicado, o valor da dívida com a Caixa estava em R$ 675 milhões. Com os pagamentos já realizados e a contribuição da torcida organizada Gaviões da Fiel, a quantia de agosto caiu para cerca de R$ 645 milhões, com outros pagamentos previstos para este ano.
Mesmo diante das dificuldades financeiras, a diretoria descarta a possibilidade de interromper os pagamentos, como sugeriu Tuma.
A torcida organizada Gaviões da Fiel iniciou, no fim do ano passado, uma campanha de arrecadação para ajudar a quitar a dívida. Até o momento, foram recolhidos R$ 40.889.687,10, já repassados à Caixa para amortização do valor devido.












