O Corinthians não quitou a primeira parcela de um acordo homologado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) e agora corre contra o tempo para evitar uma punição com transfer ban — a proibição de registrar novos jogadores.
O plano de pagamento, aprovado em abril, prevê o repasse de R$ 76 milhões a clubes e atletas. A primeira parcela, no valor aproximado de R$ 4,2 milhões, venceu na última quinta-feira (11), mas ainda não foi paga.
Apesar do atraso, a diretoria alvinegra acredita que há tempo para resolver a situação. Isso porque o acordo prevê um prazo de cinco dias corridos, após cada vencimento, para que o clube comprove o pagamento nos autos do processo. Só depois desse período o Corinthians poderá ser oficialmente punido.

O clube de Parque São Jorge tenta viabilizar recursos para quitar a dívida. Uma das possibilidades está na antecipação de R$ 30 milhões referentes ao contrato de TV com a Liga Forte União (LFU), aprovada pelo Conselho de Orientação no início da semana. No entanto, o valor ainda não foi repassado.
Além disso, em agosto, o Corinthians deve receber a primeira parcela das luvas pela renovação de contrato com a Nike, estimada em R$ 50 milhões, o que pode aliviar a situação financeira.
Vale lembrar que, mesmo que sofra o transfer ban, o clube poderá regularizar a situação com o pagamento dos credores. No entanto, o acordo prevê que atrasos reiterados podem gerar punições mais severas, como a proibição de registrar atletas por no mínimo seis meses — sem chance de reversão mediante quitação posterior.