A crise interna na Ferrari ganhou novos capítulos após o Grande Prêmio do Brasil. O presidente da escuderia, John Elkann, fez duras críticas aos pilotos Lewis Hamilton e Charles Leclerc, responsabilizando-os pelo fraco desempenho da equipe em Interlagos, onde ambos abandonaram a corrida e ficaram sem pontuar.
— Deveriam falar menos e se concentrar em pilotar. A Ferrari precisa de pilotos que pensem menos em si mesmos e mais na equipe — afirmou Elkann, durante um evento do Comitê Olímpico Italiano.

As declarações vieram em meio a um momento conturbado para o time. Hamilton, principal contratação da temporada, ainda não conseguiu subir ao pódio desde que chegou à Ferrari. O heptacampeão mundial abandonou o GP do Brasil na volta 37, após sofrer danos no carro em colisões com Carlos Sainz e Franco Colapinto.
— É um pesadelo. Tenho vivido isso há algum tempo. A mudança entre o sonho de pilotar por essa equipe maravilhosa e o pesadelo dos resultados que tivemos é difícil de lidar — desabafou o inglês em entrevista à Sky Sports.
Com 148 pontos, Hamilton ocupa apenas o sexto lugar no Mundial de Pilotos. Seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, também deixou a prova de forma precoce, ao bater com Kimi Antonelli ainda na sexta volta.
— A Ferrari só vence quando está unida, como mostram nossos melhores resultados. Temos mecânicos excepcionais e engenheiros que trabalham incansavelmente para melhorar o carro — completou Elkann.
Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, há crescente insatisfação dentro da cúpula da Ferrari. A publicação afirma que as declarações do presidente refletem o desconforto com a postura dos pilotos e o desempenho abaixo das expectativas em 2025.
A Fórmula 1 retorna no dia 23 de novembro, com o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos — etapa que pode definir o futuro imediato da dupla e do ambiente interno na escuderia italiana.












