A crise se instalou de vez no River Plate. A derrota por 1 a 0 para o Gimnasia La Plata, no último domingo, em pleno Monumental de Núñez, provocou forte reação da torcida e aumentou a pressão sobre o elenco. O técnico Marcelo Gallardo cancelou a entrevista coletiva após a partida, enquanto os torcedores protestaram nas arquibancadas, pedindo a saída de todos os jogadores.
O River ocupa apenas a sexta posição no Grupo B do Campeonato Argentino. Os oito primeiros colocados de cada chave avançam para as oitavas de final, e, no momento, o clube corre risco de ficar fora da próxima Copa Libertadores, dependendo de uma repescagem para conquistar a vaga. Além disso, a equipe foi eliminada recentemente nas semifinais da Copa da Argentina, o que agravou o clima interno.

A situação é histórica e preocupante. Desde a inauguração do Monumental de Núñez (atual Mas Monumental), em 1938, o River não havia acumulado quatro derrotas consecutivas em casa. O revés diante do Gimnasia marcou a quarta queda seguida no estádio, um feito inédito e alarmante.
Durante o jogo, a tensão aumentou quando o atacante Borja, ex-Palmeiras e Grêmio, desperdiçou um pênalti que poderia empatar a partida. A falha gerou revolta nas arquibancadas, e os torcedores entoaram cânticos de protesto:
– Vão todos embora, que não fique ninguém. No River é preciso ganhar, não pensar em boliche e ir dançar – gritaram os torcedores durante a partida, segundo o “Olé”.
Apesar da insatisfação generalizada, Marcelo Gallardo foi o único poupado pelas críticas. O treinador recebeu aplausos da torcida e retribuiu com gestos de agradecimento, embora tenha optado por não se pronunciar após o jogo.
Com o ambiente conturbado, o River Plate enfrenta um dos momentos mais delicados dos últimos anos. E o próximo compromisso promete ser decisivo: o clássico contra o Boca Juniors, no domingo que vem, em La Bombonera, pode definir os rumos da temporada e até o futuro de alguns nomes do elenco.












