O presidente Marcelo Teixeira fez duras cobranças ao time e ao técnico Pedro Caixinha após a derrota do Santos para o Vasco por 2 a 1 na estreia do Brasileirão, em São Januário. Em entrevista contundente, Teixeira classificou o resultado como “inadmissível” e deixou claro o alto nível de exigência que a equipe enfrentará nesta temporada.
Derrota inaceitável
Mesmo sendo a primeira rodada, o mandatário não poupou palavras ao criticar o desempenho da equipe e afirmou que o Santos deveria ter conquistado os três pontos.
“O time se apresentou relativamente bem, mas perder aqui era inadmissível. O Santos quer ser protagonista e ocupar a parte de cima da tabela. Com todo respeito ao Vasco, era um jogo para vitória”, declarou Teixeira.
A expectativa era de uma estreia vitoriosa, mesmo atuando fora de casa contra um adversário direto na disputa por posições intermediárias na tabela.
Meta: primeira metade da tabela
Teixeira reforçou que o objetivo do Santos é se manter na parte de cima da classificação e garantir vaga em competição internacional. Para ele, não há espaço para campanhas abaixo das tradições do clube.
“O Santos tem que estar sempre disputando as primeiras posições. Precisamos deixar para trás os momentos difíceis dos últimos anos”, afirmou.
Mesmo que o título não seja um objetivo imediato, a equipe precisa somar pontos contra adversários teoricamente mais fracos para evitar riscos de ficar longe de suas metas.
Elenco competitivo e reforçado
Com 11 reforços contratados para a temporada, Teixeira acredita que o elenco tem capacidade para atender às expectativas da diretoria.
“Temos um elenco qualificado, com condições de fazer uma boa campanha. O Santos não poderia sair do Rio sem os três pontos, independentemente de ausências. Quem entra tem que dar conta do recado”, ressaltou o presidente.
Substituições e postura no segundo tempo
Mesmo sem Neymar e Soteldo, Teixeira avaliou que o time teve bom desempenho no primeiro tempo. No entanto, ele criticou a postura após as substituições feitas por Caixinha, que retirou Barreal, Tiquinho Soares e Rollheiser.
“O time estava bem, mas caiu de rendimento com as alterações. A partir dos 30 minutos do segundo tempo, não conseguimos mais impor o ritmo. Isso precisa ser corrigido”, disse Teixeira.

Problemas com bola aérea
O presidente se mostrou indignado com a quantidade de gols sofridos em jogadas pelo alto, um problema recorrente na equipe.
“Um time que quer brigar na parte de cima da tabela não pode tomar gols infantis. Treinamos muito, mas continuamos sofrendo com bolas aéreas. Isso é inaceitável”, afirmou.
Dos 18 gols sofridos pelo Santos em 2025, 13 foram originados de jogadas pelo alto, um dado preocupante para a comissão técnica.
Aproveitamento das chances no ataque
Outro ponto de crítica foi a falta de efetividade no ataque. Após abrir o placar, o time recuou e perdeu o controle do jogo.
“Quando temos a chance de matar a partida, precisamos fazer isso. O Campeonato Brasileiro é extremamente competitivo e não podemos desperdiçar oportunidades”, alertou o mandatário.
Mudanças são necessárias
Teixeira enfatizou que a equipe precisa corrigir as falhas para evitar novos tropeços.
“Não adianta apenas lamentar. Precisamos reconhecer os erros e trabalhar para corrigi-los. A próxima partida é fundamental para mostrarmos uma resposta dentro de campo”, concluiu.
O Santos volta a campo no próximo domingo (6), contra o Bahia, às 20h30, na Vila Belmiro, pela segunda rodada do Brasileirão.