O mundo do futebol se despediu, nesta quinta-feira (3), de um dos grandes talentos portugueses da nova geração. Diogo Jota, atacante do Liverpool e da seleção de Portugal, faleceu em um trágico acidente de carro ao lado do irmão, André Silva, também jogador profissional. Aos 28 anos, Jota deixou um legado de conquistas, superações e inspiração para as novas gerações.
A trajetória de Diogo Jota nos gramados começou no tradicional Gondomar Sport Clube, um celeiro de jovens talentos fundado em 1981. Foi lá que o atacante deu os primeiros passos em sua formação, vestindo com orgulho a camisa do clube e chamando atenção desde cedo pelo talento e dedicação.

Recentemente, o próprio Gondomar prestou uma homenagem emocionante ao jogador, após a conquista da Liga das Nações por Portugal.
— Mais uma vez, voltou a erguer a taça. Diogo Jota, o menino que um dia vestiu a nossa camisola, voltou a mostrar ao mundo aquilo que nós já sabíamos: nasceu para vencer. É um orgulho para o Gondomar Sport Clube ver um jogador formado na nossa casa conquistar mais um título ao serviço de Portugal. Não é apenas um talento. É um exemplo. Para os nossos miúdos. Para os nossos treinadores. Para todos os que acreditam que com trabalho, humildade e paixão, é possível chegar longe. Obrigado, Diogo Jota. Por nunca te esqueceres de onde vens. Por continuares a inspirar quem aqui começa. Por levares Gondomar contigo, em cada passo. O Clube é da Cidade. E tu, és da nossa história — publicou o time.
Em 2013, Diogo deixou o Gondomar e seguiu para o Paços de Ferreira, onde rapidamente se destacou. Três anos depois, foi vendido ao Atlético de Madrid, que o emprestou ao Porto e, em seguida, ao Wolverhampton. No clube inglês, brilhou e ajudou a equipe a retornar à Premier League na temporada 2017/2018. Seu desempenho foi tão expressivo que os Wolves o compraram em definitivo.
Em 2020, o Liverpool investiu cerca de 44,7 milhões de euros (R$ 286 milhões) para contratá-lo. Com a camisa dos Reds, Diogo viveu o auge da carreira: conquistou a Premier League (2024/2025), a Copa da Inglaterra (2022) e duas Copas da Liga Inglesa (2022 e 2024). Foram 65 gols marcados em 182 jogos oficiais.

Na seleção portuguesa, Jota começou nas categorias de base e estreou no time principal em 2019. No mesmo ano, levantou a taça da Liga das Nações ao lado de Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva, Rui Patrício e Rúben Dias. O título foi repetido em junho de 2025, consolidando o atacante como peça fundamental da equipe nacional. No total, foram 14 gols marcados em 49 jogos com a camisa de Portugal.
Mais do que os números, Diogo Jota será lembrado como um jogador de garra, humildade e espírito coletivo. Um menino de Gondomar que jamais esqueceu suas origens e que, mesmo tendo partido cedo demais, já havia conquistado um lugar eterno na história do futebol português.