Mesmo reconhecendo o talento e o protagonismo de Carlos Alcaraz e Jannik Sinner no circuito atual, Novak Djokovic evitou comparações entre os jovens e a lendária geração de ouro do tênis mundial. Em entrevista coletiva concedida antes de conquistar o título em Atenas, o ex-número 1 do mundo afirmou que os dois ainda têm um longo caminho até igualar o legado do chamado “Big Four”, formado por Roger Federer, Rafael Nadal, Andy Murray e ele próprio.
— Eu nunca disse que Jannik e Carlos estão atingindo um nível de tênis nunca visto antes. Devemos apreciar o que eles estão fazendo, mas também respeitar lendas como Rafa, Roger, Andy e eu. Sinner e Alcaraz são as forças dominantes no tênis atual, mas não podemos esquecer de onde viemos. Espero que eles possam alcançar nossas conquistas até o final de suas carreiras — declarou Djokovic.
O sérvio, de 38 anos, chegou ao 101º troféu da carreira ao vencer o torneio de Atenas, entrando para um seleto grupo que inclui Roger Federer e Jimmy Connors, únicos a superarem a marca de 100 títulos na Era Aberta. Atual número 4 do ranking mundial e dono de 24 títulos de Grand Slam, Djokovic fez história nas últimas duas décadas como parte do “Big Three”, ao lado de Nadal e Federer.
Durante a entrevista, o tenista também destacou nomes da nova geração que podem desafiar Alcaraz e Sinner nos próximos anos — entre eles, o brasileiro João Fonseca, de 18 anos, uma das grandes promessas do circuito.
— Existem outros jogadores jovens que certamente vão desafiá-los, e espero que alguém consiga entrar nessa disputa. Rune estava lá, mas tem oscilado. Fonseca também tem potencial. Há jogadores que podem ocupar essa vaga curinga, a terceira posição. De certa forma, me solidarizo com o terceiro cara, porque já estive nessa situação com Federer e Nadal. Quero ver um novo terceiro nome surgindo — completou Djokovic.
Com o novo título, o sérvio reafirma sua longevidade e influência no circuito, enquanto observa de perto o surgimento de uma geração que tenta suceder o domínio do lendário “Big Four”.
