São Paulo, 07 de Dezembro de 2025 – A abertura da Temporada 2025/2026 do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E, realizada no coração de São Paulo, no Circuito do Sambódromo do Anhembi, no último sábado (06/12), foi um espetáculo de alta velocidade, adrenalina e, claro, a paixão do público brasileiro. Em uma corrida caótica e eletrizante, o britânico Jake Dennis (Andretti) levou a melhor, mas o grande destaque do dia foi a experiência completa oferecida aos milhares de fãs.
Sol e Emoção: O Clima do E-Prix
A previsão do tempo para o dia 06 de dezembro em São Paulo confirmou o calor típico do início do verão. O sol forte e a alta temperatura — com picos esperados acima dos 25 °C e sensação térmica ainda mais elevada, especialmente no período da corrida – desafiaram tanto pilotos quanto espectadores.
O calor, no entanto, não arrefeceu o entusiasmo da multidão. Pelo contrário, o céu aberto e o clima seco (apesar de uma prévia de chuva no treino que levou a seu cancelamento) ajudaram a manter a energia do público no alto, consolidando o evento como uma das mais vibrantes etapas do calendário da Fórmula E.
A Festa da Família na “Fan Village”
Mais do que uma corrida, o E-Prix de São Paulo se reafirmou como um festival de entretenimento para toda a família. A área de convivência, a já tradicional “Fan Village”, estava maior e mais recheada de atrações. Shows ao vivo, simuladores de corrida que permitiam ao público sentir um pouco da emoção dos carros elétricos, arenas de games, e estandes interativos das equipes e patrocinadores transformaram o espaço em um parque temático da sustentabilidade e tecnologia.
A atmosfera era notavelmente familiar. Pais trouxeram seus filhos para conhecer de perto o futuro do automobilismo, explorando as inovações tecnológicas e a pauta da sustentabilidade que a categoria propõe. O ambiente descontraído e a proximidade com os carros e pilotos reforçaram o caráter acessível e acolhedor do evento.
O Abraço de São Paulo
O público paulistano mostrou, mais uma vez, por que a Fórmula E escolheu a metrópole como palco. Com uma expectativa de cerca de 25.000 fãs presentes no Anhembi, a resposta da cidade foi maciça. A energia nas arquibancadas foi descrita por muitos como “surreal” e a paixão pela velocidade se uniu ao interesse pela tecnologia.
Mesmo com alguns pontos de melhoria na organização — como o histórico de longas filas para alimentação e o acesso, já observados em anos anteriores —, a maioria dos depoimentos dos espectadores nas redes sociais e nos locais do evento foi de exaltação. Termos como “experiência incrível”, “corrida super disputada” e “adrenalina de perto” dominaram os comentários. A cidade de São Paulo abraçou o E-Prix, gerando um impacto econômico na casa dos R$ 180 milhões e provando que o automobilismo elétrico tem um lugar cativo no coração do Brasil.
A Corrida: Caos e Punição para Drugovich
Em pista, a corrida foi marcada por intensa movimentação e incidentes, confirmando a fama de imprevisível do E-Prix paulistano. A vitória ficou com Jake Dennis, que se beneficiou de uma punição ao pole-position Pascal Wehrlein e administrou a relargada final após um forte acidente de Pepe Martí.
Para os brasileiros, a estreia de Felipe Drugovich (Andretti) na categoria foi de altos e baixos. O piloto cruzou a linha de chegada em um promissor quinto lugar após largar da 17ª posição, mas uma punição por ultrapassagem em bandeira amarela o fez cair para o 12º. Já o veterano Lucas Di Grassi (Lola Yamaha) teve um fim de prova precoce ao se envolver em um acidente com Edoardo Mortara.
Apesar dos resultados mistos para os pilotos da casa, o E-Prix de São Paulo foi um sucesso estrondoso, dando o pontapé inicial para a temporada e deixando um recado claro: a Fórmula E é um sucesso consolidado na capital paulista.
