O executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, reconheceu que tem enfrentado dificuldades para planejar o futuro do clube a curto prazo. Segundo ele, dois fatores principais travam o andamento dos trabalhos: a indefinição do calendário de 2026 e o transfer ban imposto pela Fifa por conta da dívida com o Santos Laguna, do México, referente à contratação do zagueiro Félix Torres.
Enquanto a diretoria tenta resolver as pendências financeiras, Fabinho afirmou que seu foco tem sido o trabalho cotidiano com o técnico Dorival Júnior e o elenco, buscando uma reta final mais estável na temporada.
“Grande parte da nossa equipe está focada no trabalho direto com o Dorival, com a comissão técnica e os atletas, para que tenham tranquilidade nesses cinco jogos finais e na Copa do Brasil. Não estamos satisfeitos com os resultados, mas o momento é de aproveitar essa Data Fifa para se preparar melhor e buscar uma postura diferente no próximo jogo, que será um clássico”, disse o dirigente.
O executivo admitiu que a falta de definições sobre o futuro tem impedido o clube de traçar estratégias mais claras para o mercado da bola, mas demonstrou confiança em uma solução até o fim do ano.
“Parado não dá para ficar. O Corinthians vive um momento difícil, e isso não é de agora. O presidente está fazendo o máximo possível, dividindo as tarefas com o jurídico e o financeiro. Eu, neste momento, estou mais focado na parte técnica e também em pensar em 2026. Temos um desafio enorme: o Paulistão já começa em 11 de janeiro, com clássicos logo de cara, então precisamos planejar todas as possibilidades”, afirmou.
O Corinthians está impedido de registrar novos jogadores desde 12 de agosto, por conta da dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna. Além disso, o clube acumula outras cinco condenações na Fifa, incluindo uma ação do meia Matías Rojas, que cobra R$ 41,5 milhões — valor confirmado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). No total, as dívidas ultrapassam R$ 125 milhões.
Uma das saídas estudadas pela diretoria é a obtenção de um empréstimo de R$ 100 milhões para quitar parte dessas pendências e tentar liberar o clube para voltar ao mercado.
Em meio às dificuldades, o Corinthians contratou apenas dois reforços em 2025: o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri, no início do ano, e o atacante Vitinho, na janela do meio da temporada — poucos dias antes da efetivação do bloqueio imposto pela Fifa.
