No mesmo dia em que o Brasil voltou a ter dois representantes na pista da Fórmula 1, Felipe Drugovich confirmou que está em negociações com a equipe Cadillac para uma possível vaga como titular em 2026, quando a escuderia americana deve estrear na categoria.
Durante o GP do Japão, em Suzuka, o brasileiro foi flagrado em conversa com representantes da Cadillac, que estiveram presentes no paddock para discutir os planos da futura equipe. Em entrevista ao ge, logo após participar do primeiro treino livre no Bahrein com a Aston Martin, Drugovich falou abertamente sobre a reunião.
– Sim, tive esta conversa com a Cadillac em Suzuka mesmo. Acho que todo mundo tem tido conversas com eles. Então, sou eu e torcida do Flamengo tendo estas conversas (risos). Acho que é complicado ter uma noção sobre se temos alguma chance ou não. Temos que esperar um pouco, pois estão se organizando para ter uma equipe ano que vem – diz.
Desde que conquistou o título da Fórmula 2 em 2022, o nome de Drugovich tem sido constantemente mencionado como forte candidato a uma vaga na Fórmula 1. No entanto, sem espaço entre os titulares, o brasileiro segue como piloto reserva e de testes da Aston Martin.
Sua relação com a Cadillac ganhou destaque internacional também pela participação no Mundial de Endurance (WEC), onde defende a equipe em provas como as 24 Horas de Le Mans. Apesar de as estruturas do endurance e da futura equipe de F1 serem separadas, Drugovich destacou o bom relacionamento com o time.
– Estou muito feliz em ser piloto deles no endurance. Essa equipe e o time de F1 não tem muita conexão, mas tenho um bom relacionamento com a Cadillac Racing e estou feliz por seguir com eles nas provas de longa duração neste ano – disse Drugovich, que competiu com esta equipe nas 24 Horas de Le Mans no ano passado e já está confirmado também no grid deste ano na tradicional prova de longa duração, novamente com a Cadillac.
Sobre sua participação no treino livre desta sexta-feira, Drugovich celebrou o desempenho consistente e afirmou que aproveitou ao máximo a oportunidade para impressionar não apenas a Aston Martin, mas também possíveis futuras equipes.
Com o tempo de 1min35s198, o brasileiro ficou no mesmo décimo de segundo que Lance Stroll, piloto titular da equipe. Mesmo enfrentando tráfego em sua volta rápida — o que pode ter lhe custado até três décimos —, Drugovich saiu satisfeito com o resultado.
– Foi um bom dia. Foram condições em que eu nunca tinha guiado no passado, e isso foi bem complicado nas duas primeiras voltas para entender um pouco o carro. Mas depois disso, acho que foi OK. Principalmente que, quanto mais aderência eu tinha, melhor eu me sentia no carro. Foi um pouco mais fácil de me achar. No final, com os pneus macios, foi positivo. Minha volta foi longe de estar no limite. Com tudo isso, estou bem contente – disse Drugovich
