A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta quarta-feira (23) a aprovação da General Motors (GM) como fornecedora oficial de motores para a Fórmula 1 a partir de 2029. A empresa será responsável por desenvolver as unidades de potência da Cadillac, que estreará como equipe no grid em 2026.
Segundo a GM, os testes e o desenvolvimento do protótipo do motor já estão em andamento. A montadora também anunciou planos para a construção de uma nova fábrica, com investimento estimado em mais de R$ 800 milhões, nas proximidades do Centro Técnico da GM em Charlotte (EUA).
Parceria temporária com a Ferrari
Antes da entrada da GM como fornecedora própria, a Cadillac utilizará motores Ferrari. O acordo, já divulgado no fim de 2023, foi descrito como “plurianual” pela escuderia de Maranello, mas deve se encerrar em 2028, um ano antes da estreia dos propulsores desenvolvidos pela GM.

FIA comemora decisão e destaca expansão da F1
Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, celebrou a aprovação e reforçou o impacto positivo da medida para o crescimento da categoria:
“Há mais de dois anos, a FIA aprovou a entrada de uma 11ª equipe na Fórmula 1, alinhada com nossa visão de expandir o grid e trazer novos talentos e oportunidades para o esporte. Embora o processo tenha sido desafiador em alguns momentos, o progresso atual comprova que valeu a pena.”
Ele ainda destacou: “A chegada da GM como fornecedora de motores é mais um marco na globalização da F1 e demonstra o interesse crescente de montadoras de elite, como a General Motors.”
Cadillac e Andretti: Uma parceria estratégica
A Cadillac, 11ª equipe da F1, é uma divisão da GM, maior montadora dos EUA. Na categoria, a marca atuará em parceria com a TWG Motorsports, que também gerencia a equipe Andretti — presente em competições como a Fórmula Indy e a Fórmula E.
A aprovação da equipe americana, no entanto, foi marcada por controvérsias. Originalmente, o plano era entrar na F1 sob o nome Andretti, em colaboração com a GM. Apesar do aval inicial da FIA em 2023, a Liberty Media (dona comercial da F1) rejeitou a entrada em janeiro de 2024,