O Flamengo vive mais um daqueles anos que o torcedor rubro-negro vai guardar pra sempre. Em pleno Maracanã lotado, em clima de festa e pressão ao mesmo tempo, o Mengão venceu o Ceará por 1 a 0 e garantiu o título do Campeonato Brasileiro de forma antecipada, com a taça sendo entregue na 37ª rodada — algo raríssimo no futebol brasileiro moderno, em que a disputa quase sempre se arrasta até o último dia.
O título não veio por acaso. O Flamengo passou boa parte do campeonato na liderança, abrindo vantagem e mantendo regularidade, mas alguns tropeços devolveram o campeonato para as mãos do Palmeiras, que chegou a reassumir a ponta em momentos decisivos. Parecia que a briga ia até a última rodada. Só parecia.
O Palmeiras também tropeçou quando não podia. E foi exatamente ali que o Flamengo mostrou sua força de campeão: recuperou a liderança, engatou vitórias importantes e chegou para o duelo contra o Ceará com a chance real de levantar a taça antes do fim. E levantou.
O gol de Samuel Lino, ainda no primeiro tempo, foi o símbolo da noite. Depois dele, o jogo virou tensão, ansiedade, e finalmente explosão. O apito final trouxe o Maracanã abaixo, e a taça foi entregue ali mesmo, com lágrimas, sorriso, grito preso e um sentimento de “dever cumprido” que tomou conta de todo mundo — jogadores, comissão técnica e torcedores.
E tudo isso aconteceu cinco dias depois de o Flamengo conquistar a Taça Libertadores da América 2025. Um intervalo de quase nada entre duas gigantes coroações do continente e do país. O Mengão fecha o ano com a Libertadores, o Brasileirão, o Carioca e a Supercopa. É temporada histórica. Gigante. Pesada. Próxima de perfeita.
Só não é igual a 2019 — e isso já diz tudo.
O Flamengo termina 2025 provando, mais uma vez, que quando essa camisa encaixa, não tem para ninguém no continente. É hegemonia, é força, é elenco, é ambiente e é também o peso de uma história que só cresce.
O Flamengo é 9 vezes campeão brasileiro.
E, mais uma vez, o Brasil inteiro viu.
