sexta-feira, 16 de maio De 2025

Fórmula 1 estreia pneus ultramacios C6 no GP da Emilia-Romagna; entenda a novidade da Pirelli

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A sétima etapa da temporada 2025 da Fórmula 1 trará uma novidade técnica significativa: pela primeira vez, os pneus ultramacios C6, fornecidos pela Pirelli, serão utilizados oficialmente em uma corrida. A estreia acontecerá no GP da Emilia-Romagna, marcado para o próximo fim de semana, entre os dias 16 e 18 de maio, no circuito de Ímola.

O novo composto já havia sido testado nos treinos pós-temporada em 2024, mas fará sua estreia em um fim de semana de corrida agora. Inicialmente, o uso dos C6 será obrigatório apenas durante a sessão de classificação no sábado. No entanto, as equipes têm liberdade para utilizá-los também nos treinos livres e na corrida, caso optem por isso.

A Fórmula 1 costuma apresentar três compostos de pneus de pista seca por etapa – duros (faixa branca), médios (amarela) e macios (vermelha) – para facilitar o entendimento dos fãs. Na realidade, porém, a Pirelli dispõe agora de seis tipos de pneus slick, que vão do C1 (mais duro) ao recém-introduzido C6 (mais macio).

O C1 é projetado para circuitos mais abrasivos, tem menor aderência, aquece lentamente, mas possui maior durabilidade. Já o C5, que até o ano passado era o mais macio e rápido, perde esse posto para o novo C6, classificado como “ultramacio”. O C6 oferece desempenho superior em termos de velocidade, mas apresenta o maior nível de desgaste, o que limita sua vida útil.

Foto: Mark Sutton – Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Para Ímola, a Pirelli escolheu a combinação mais macia possível: C4 como duro, C5 como médio e C6 como macio. No ano passado, foram usados os compostos C3, C4 e C5. Com isso, a corrida italiana será a primeira da temporada a contar com os seis compostos oficialmente disponíveis em 2025.

Também estarão disponíveis os pneus intermediários (faixa verde) e os de chuva intensa (azul), exclusivos para pista molhada.

A decisão de estrear os C6 em Ímola não foi aleatória. Três fatores motivaram a escolha da Pirelli:

  1. Baixa abrasividade da pista, que causa menos desgaste nos pneus.

  2. Dificuldade de ultrapassagens, o que exige mais variedade de estratégias.

  3. Necessidade de coletar dados reais, visando otimizar futuras seleções de compostos.

– Para 2025, temos uma gama maior de opções em comparação com o ano passado: há um espaçamento mais eficaz entre os vários compostos em termos de desempenho e, em geral, eles parecem ser menos propensos ao superaquecimento e à granulação da superfície da banda de rodagem. Isso também nos permite experimentar novas soluções, fazendo escolhas que podem levar a uma variedade de estratégias válidas, tanto em termos de uso de pneus quanto de número de pit stops – disse Mario Isola, diretor da Pirelli.

Apesar da estreia, a expectativa é que o C6 seja usado apenas na classificação, já que sua durabilidade limitada pode comprometer o desempenho durante a corrida. Ainda assim, o novo pneu voltará a aparecer em etapas futuras, como no GP de Mônaco, na próxima semana, e no GP do Canadá, de 13 a 15 de junho.

Carlos Augusto
Carlos Augusto
Sou jornalista, pós-graduado em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais, com graduação em Jornalismo e formação técnica em Administração. Minha carreira em Comunicação é marcada pelo desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração de fatos, controle e elaboração de relatórios, além de criação de conteúdo voltado tanto para comunicação externa quanto interna.Ao longo da minha trajetória, atuei no desenvolvimento de pautas e redação de matérias, criação de conteúdo visual e apoio em campanhas de endomarketing. Nessas funções, minha dedicação à precisão e à responsabilidade na transmissão de informações tem sido uma constante.

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