Após ser eleita a melhor ponteira do Mundial de Vôlei, Gabi Guimarães teve apenas nove dias de descanso antes de se apresentar ao Conegliano, da Itália, para a pré-temporada. Aos 31 anos, a capitã da seleção brasileira encara a rotina intensa como parte de um plano que mira o grande objetivo: conquistar o ouro olímpico em Los Angeles 2028.
Bronze no Mundial da Tailândia, a jogadora vê no atual ciclo um amadurecimento do grupo e acredita que a conquista inédita está próxima.
— O time entendeu que tem condições de competir de igual para igual com os grandes, principalmente contra a Itália. Isso ficou ainda mais claro no Mundial. Estivemos muito perto. Senti um amadurecimento da equipe e o entendimento de que é fundamental chegarmos em melhor forma física. Tivemos muitas reuniões sobre o que cada uma precisa evoluir e como grupo também. É um time jovem, mas que quer trabalhar. Esse ouro virá em algum momento — disse Gabi.

Sob o comando de José Roberto Guimarães, a seleção mantém a regularidade no pódio das principais competições. Além do bronze mundial, conquistou a prata na Liga das Nações, novamente contra a Itália, e no ano passado ficou com o bronze nas Olimpíadas de Paris.
Referência técnica e de liderança, Gabi foi a segunda maior pontuadora do Mundial da Tailândia, com 142 acertos — nove a menos que a turca Vargas. Também terminou como a terceira melhor atacante e a terceira melhor em recepção do torneio. Mesmo com números expressivos, a capitã reconhece que ainda há espaço para evoluir.
— Dá para melhorar em todos os aspectos. Temos uma geração muito forte, com atletas como Helena e Ana Cristina no meu pé o tempo todo. Essa competição saudável me ajuda a buscar meu limite, principalmente porque sou uma jogadora baixa para os padrões internacionais, o que exige muito do físico e do mental. Tenho aprendido cada vez mais sobre liderança e sobre como ajudar o grupo, dentro e fora de quadra — completou.