Os fãs do surfe terão que esperar mais um pouco para ver Gabriel Medina de volta às competições da elite mundial. Recuperado da cirurgia no ombro realizada em janeiro e treinando desde maio, o tricampeão mundial e medalhista olímpico de 31 anos planejava retornar à Liga Mundial de Surfe (WSL) na etapa de Teahupoo, no Taiti, entre 7 e 16 de agosto. No entanto, sua participação dependia de um wild card (convite especial), que não foi concedido pela entidade.
A WSL informou que as duas vagas de convite para a 11ª e última etapa da temporada regular do Championship Tour (CT) de 2025 já estão definidas: uma será do taitiano Kauli Vaast, campeão olímpico em Paris 2024, e a outra será destinada a um atleta local, classificado por meio da triagem realizada no Taiti.
Dessa forma, Medina só voltará a competir entre os melhores do mundo em abril de 2026, na tradicional etapa de Bells Beach, na Austrália. Ele já tem garantido o wild card para toda a próxima temporada, como prevê o regulamento da WSL em casos de atletas que passaram por cirurgia.
— Não há wild card disponível para o Taiti. As duas vagas já foram atribuídas: uma para o Kauli e outra para um atleta da triagem. A única possibilidade de Medina competir seria em caso de lesão de outro surfista, liberando uma vaga de substituição — explicou Renato Hickel, vice-presidente de competições da WSL.
A equipe de Medina, no entanto, confirmou que, mesmo se surgir uma vaga de última hora por desistência, ele não participará da etapa. O foco está no retorno pleno apenas na temporada de 2026.
Considerado um dos maiores nomes da história do surfe, Gabriel tem excelente desempenho nas ondas tubulares de Teahupoo. Ele venceu a etapa em 2014 e 2018, e foi vice em 2015, 2017, 2019 e 2023. Além disso, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris, disputados também em Teahupoo, em 2024.
Em entrevista recente, Medina se mostrou animado com as mudanças no formato do circuito da WSL para 2026. A entidade voltará ao sistema de pontos corridos, encerrando o modelo implantado em 2021, que reunia os cinco melhores surfistas do ranking em uma única etapa decisiva, chamada de Finals.
— Com certeza, minha meta é conquistar o tetracampeonato mundial. Pretendo voltar com força total no ano que vem. Vai ser uma temporada diferente, começando em abril e terminando em dezembro, no Havaí, como era antigamente. Irado! Gosto mais desse formato de pontos corridos. Terei tempo para me preparar e isso me motiva muito — afirmou Gabriel Medina.
