O Grêmio vai solicitar oficialmente à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a anulação dos cartões aplicados a Kannemann e Marlon na derrota por 1 a 0 para o Bragantino, no último sábado (4), pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A medida faz parte da indignação tricolor com a atuação da arbitragem na partida, que resultou inclusive no afastamento dos árbitros envolvidos pela entidade.
De acordo com informações apuradas pelo ge, representantes do clube — entre eles o presidente Alberto Guerra, o vice de futebol Alexandre Rossato, o diretor Guto Peixoto e o coordenador técnico Luiz Felipe Scolari (Felipão) — devem comparecer à sede da CBF, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (6). O grupo pretende protocolar o pedido de anulação dos cartões e cobrar explicações formais sobre os erros cometidos durante o jogo.
No domingo, a CBF anunciou em nota que o árbitro Lucas Casagrande e o responsável pelo VAR, Gilberto Rodrigues Castro Junior, foram afastados temporariamente e submetidos a “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”. A mesma medida foi adotada em relação a Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva, que apitaram a vitória do Palmeiras por 3 a 2 sobre o São Paulo.
Em nota enviada ao ge, o Grêmio considerou o afastamento “uma medida positiva”, mas afirmou que a punição isolada não resolve o problema estrutural da arbitragem no país:
“(O clube) achou uma medida positiva porque visa impedir que novos erros graves sejam cometidos. Por outro lado, sabe que não é suficiente porque, no fundo, é necessário um trabalho consistente para a qualificação da arbitragem brasileira. Só no Brasileiro e na Copa do Brasil deste ano fomos prejudicados em 15 lances decisivos. E apenas neste final de semana tivemos mais uma demonstração clara de prejuízos ao Grêmio e outros clubes. Lutamos por uma arbitragem justa, que não interfira nos resultados das partidas porque os prejuízos aos clubes são enormes, dentro e fora de campo.”
Durante a partida, Kannemann recebeu cartão vermelho direto após o árbitro Casagrande interpretar que o zagueiro agrediu Pedro Henrique ao abrir o braço em uma disputa de bola, aos 42 minutos do primeiro tempo. Já Marlon foi advertido com cartão amarelo por reclamação, após o pênalti marcado contra o Grêmio, aos 56 minutos da etapa final.
No lance, o árbitro inicialmente havia sinalizado escanteio após chute de Praxedes que desviou em Marlon. O VAR, porém, chamou a revisão, e Casagrande acabou marcando pênalti ao considerar que o lateral tocou a bola com o braço “desvinculado do corpo”. O jogador, no entanto, alegou que estava com o braço colado ao tronco.
