Às vésperas do GP da Itália, em Monza, a Ferrari vive um momento delicado. Após o abandono duplo no GP da Holanda, a equipe ainda sofreu um revés extra: Lewis Hamilton recebeu punição de cinco posições no grid por não respeitar bandeiras amarelas durante a volta de apresentação em Zandvoort. A decisão surpreendeu o heptacampeão, que garante estar motivado para reagir diante da torcida italiana.
— Cheguei em casa e vi que tinha recebido essa punição, fiquei realmente chocado. Não é preto no branco: eu levantei o pé, mas não o suficiente para o gosto deles. Foi bastante severo, mas vou aprender com isso. Vai ser difícil este fim de semana, a classificação está acirrada e perder cinco posições não é nada bom para a minha primeira corrida em Monza com a Ferrari. Mas isso me dá mais motivos para lutar e me deixa motivado — disse o piloto britânico.
O episódio em Zandvoort
Hamilton foi responsabilizado por não reduzir a velocidade ao passar por duas bandeiras amarelas na entrada dos boxes, acionadas pela direção de prova por motivos de segurança. Segundo os fiscais, ele diminuiu apenas cerca de 20 km/h em relação à média dos treinos livres, o que foi considerado insuficiente. Como consequência, perdeu cinco posições no grid em Monza e recebeu dois pontos na superlicença.

Abandono duplo na Holanda
O GP da Holanda marcou o primeiro abandono de Hamilton com a Ferrari. Na volta 24, ele bateu sozinho na curva 3, sendo o primeiro a deixar a prova vencida por Oscar Piastri, da McLaren. No giro 53, foi a vez de Charles Leclerc ser atingido por Andrea Kimi Antonelli, da Mercedes, que acabou punido com 10 segundos. O acidente decretou o abandono dos dois carros da escuderia italiana, algo que não acontecia desde o GP do Canadá de 2024.
Momento difícil na temporada
Após 14 corridas com a Ferrari, Hamilton soma apenas um pódio e ocupa o sexto lugar no Mundial de Pilotos com 109 pontos — 42 a menos que Leclerc, seu companheiro de equipe. O inglês está a três corridas de igualar Didier Pironi como o piloto com a maior sequência sem pódios pela equipe de Maranello.

Apesar das dificuldades, o veterano de 18 temporadas na Fórmula 1 não considera que 2025 seja sua fase mais complicada. Pelo contrário, destacou o apoio que tem recebido da Ferrari e vê o momento como parte do processo de crescimento:
— Não quero comparar com outras temporadas, mas já tive anos duros: 2009 não foi bom, nem 2010, 2011, 2012, depois 2022 e 2023. Mas estou vivendo um sonho, correndo pela Ferrari. Tive todo o ano passado para me preparar, houve muitos ajustes e a equipe fez de tudo para me acomodar. Quanto mais difícil, melhor você se torna. Este ano tem sido duro, mas isso nos prepara para dias melhores e nos tornará mais fortes — afirmou.