Bicampeão do Australian Open e campeão do US Open, Jannik Sinner está de volta ao circuito profissional de tênis após ficar três meses fora das competições devido a uma suspensão por doping. O número 1 do mundo foi punido após ser flagrado no doping por uso irregular de clostebol, uma substância esteroide anabolizante proibida. O italiano fará seu retorno às quadras com o apoio da torcida local no Masters 1000 de Roma, que começa nesta quarta-feira.
Em sua volta, Sinner relembrou as dificuldades enfrentadas durante o afastamento do esporte.
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“O momento mais difícil da suspensão foi no começo. Não pude comparecer a nenhum evento esportivo. Não pude ir ao estádio assistir a uma partida de futebol ou acompanhar as corridas de ciclismo dos meus amigos”, afirmou o tenista ao jornal La Gazzetta dello Sport.
Durante sua ausência, Alexander Zverev e Carlos Alcaraz tiveram a oportunidade de disputar o posto de melhor jogador do mundo no ranking da ATP, mas não conseguiram superar a vantagem do italiano. Após conquistar o Australian Open em janeiro deste ano, Sinner abriu 3.695 pontos de diferença e manteve-se no topo, sem ser alcançado pelos adversários.

Zverev e Alcaraz foram sorteados para competir no mesmo lado da chave no Masters 1000 de Roma, o que significa que um deles só poderá enfrentar Sinner em uma eventual final. O retorno de Sinner será contra Mariano Navone ou Federico Cina. Nas quartas de final, ele pode ter como adversários Casper Ruud, atual campeão do Madrid Open, Ben Shelton ou Matteo Berrettini. Confira o possível caminho do número 1 do mundo no próximo torneio:
Possíveis confrontos de Sinner em Roma:
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Segunda fase: Navone / Cina
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Terceira rodada: Davidovich Fokina / Bergs
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Oitavas de final: Tiafoe / Cerundolo
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Quartas de final: Ruud / Shelton / Berrettini
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Semifinais: Fritz / De Minaur / Paul / Rublev
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Final: Zverev / Alcaraz / Draper / Musetti
Entenda o caso de doping
Em março do ano passado, testes realizados por Sinner deram positivo para clostebol, uma substância esteroide anabolizante proibida. O tenista, no entanto, afirmou que não havia feito nada de errado e que o positivo foi um acidente. A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) o absolveu na época.
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“Em minha mente, sei que não fiz nada de errado. Eu já tive que jogar meses com isso na minha cabeça, mas sempre me lembrando de que não fiz nada errado. Eu sempre respeito e sempre respeitarei essas regras de antidoping. Obviamente, é um alívio para mim ter esse resultado”, declarou Sinner na ocasião.
A defesa do atleta explicou que um fisioterapeuta, sem saber, usou um spray com clostebol para tratar um ferimento na própria pele e que esse profissional foi o responsável por contaminar o jogador, quando o contato de suas peles fez com que a substância fosse transferida para Sinner. Em fevereiro deste ano, o tenista e a Agência Mundial Antidoping (WADA) chegaram a um acordo, e Sinner cumpriu a suspensão de três meses.
Este ano, o italiano conquistou seu segundo Grand Slam consecutivo no Australian Open, se tornando o jogador mais jovem a ganhar títulos consecutivos de simples masculino no torneio desde o norte-americano Jim Courier, que venceu em 1992 e 1993.