O Lyon, tradicional clube francês controlado por John Textor, foi rebaixado para a segunda divisão do futebol francês por conta de sua delicada situação financeira. A decisão foi tomada nesta terça-feira (24) pela Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG), órgão fiscalizador da Liga de Futebol Profissional da França (LFP).
O clube já havia sido impedido de contratar na janela de transferências de janeiro e, desde então, estava sob monitoramento rígido da entidade. No fim de 2023, John Textor se reuniu com representantes da DNCG para apresentar sua defesa, mas os argumentos não foram suficientes para evitar a punição.

A Eagle Football Group, holding pertencente ao empresário norte-americano, encerrou a temporada 2023/24 com um déficit de 25,7 milhões de euros (aproximadamente R$ 157 milhões). Além disso, a dívida total da Eagle chegou à casa dos 500 milhões de euros (cerca de R$ 3 bilhões), o que agravou ainda mais a situação financeira do Lyon.
A DNCG exigia que o clube apresentasse garantias financeiras de ao menos 100 milhões de euros para a atual temporada, o que não aconteceu. Textor, que também comanda a SAF do Botafogo no Brasil, chegou a justificar que recursos obtidos com a venda de parte do Crystal Palace foram reinvestidos na Eagle, como forma de atender exigências da UEFA.
— Todos sabem quanto vendemos para o Crystal Palace. Esse dinheiro está investido na Eagle. Obviamente, gostamos de usá-lo para pagar nossas dívidas. Também gostamos de disponibilizar parte dele para a empresa. A UEFA nos pediu para investir uma quantia na empresa para garantir nossa sustentabilidade e tranquilizá-los. Atendemos ao pedido e fornecemos essa quantia. E esta é a apresentação que fizemos à DNCG — explicou Textor antes da confirmação do rebaixamento.
O Lyon ainda pode recorrer da decisão e tenta reverter o rebaixamento nos bastidores, enquanto busca formas de apresentar as garantias financeiras exigidas pelo órgão regulador francês.