O Brasil voltou ao topo do taekwondo mundial. Nesta sexta-feira (24), Maria Clara Pacheco conquistou o título de campeã mundial na categoria até 57 kg, em Wuxi, na China, encerrando um jejum de 20 anos sem ouro para o país na competição. O feito repete o histórico triunfo de Natália Falavigna, campeã mundial em 2003 e até então a única brasileira a alcançar o topo do pódio.
Aos 22 anos, Maria Clara chegou ao torneio como líder do ranking mundial e principal cabeça de chave da categoria, e confirmou o favoritismo. Na final, derrotou a coreana Yu-Jin Kim por 2 a 0, coroando uma campanha impecável e garantindo o segundo título mundial da história do taekwondo brasileiro.
— É uma emoção que eu não consigo explicar. É a primeira vez que conquisto um título tão importante, que era o meu grande objetivo do ano. Estou muito feliz e quero agradecer a todos que estavam na torcida — comemorou a atleta após a vitória.

A trajetória da brasileira foi marcada por domínio e técnica. Na estreia, Maria Clara superou a portuguesa Leonor Correia por 2 a 0. Em seguida, venceu a espanhola Laura Rodriguez Marquina por 2 a 1 e eliminou a norte-americana Faith Dillon com um expressivo 5 a 0, garantindo vaga na semifinal.
Na penúltima luta, a brasileira mostrou força e confiança ao vencer por 4 a 0 a chinesa Luo Zongshi, então campeã mundial e favorita ao título. Já na grande decisão, manteve o ritmo, impôs seu estilo agressivo e venceu Yu-Jin Kim, levando o Brasil de volta ao topo do mundo.
A última vez que o país havia conquistado o Mundial de Taekwondo foi em 2003, com Natália Falavigna, que também marcou época ao ser a primeira medalhista olímpica do Brasil na modalidade, com o bronze nos Jogos de Pequim 2008, na categoria +67 kg.
— Tive o privilégio de, há 20 anos, conquistar uma medalha de ouro para o Brasil e hoje me sinto novamente privilegiada por ver o nosso país fazendo história. É muito bonito ver outra brasileira chegar ao lugar mais alto do pódio e perceber o quanto a modalidade evoluiu. A Maria merece demais, estou muito orgulhosa e que venham mais medalhas de ouro — celebrou Natália Falavigna.












