O chefe de equipe da Mercedes na Fórmula 1, Toto Wolff, está em negociações avançadas para vender 5% de sua participação na Motorsport Investment Ltd, empresa que detém um terço do controle da escuderia. A informação, divulgada pelo site Sportico, aponta que a transação pode elevar o valor de mercado da equipe para mais de US$ 6 bilhões (R$ 31,7 bilhões), tornando a Mercedes a mais valiosa da categoria.
Se confirmada, a operação colocará a equipe alemã à frente de rivais tradicionais como McLaren e Ferrari. Em setembro, a McLaren foi avaliada em aproximadamente R$ 21 bilhões após negociar 30% de suas ações com os fundos Mumtalakat e CYVN Holdings.

De acordo com o Financial Times, o possível comprador da fatia de Wolff é George Kurtz, CEO e cofundador da empresa de segurança digital CrowdStrike, patrocinadora da Mercedes desde 2019. Mesmo com a venda, Wolff deve permanecer no comando da escuderia, mantendo os cargos de CEO e chefe da equipe.
Atualmente, o controle acionário da Mercedes na Fórmula 1 é dividido em partes iguais entre Toto Wolff, a Mercedes-Benz e a empresa química britânica INEOS, de propriedade do bilionário Jim Ratcliffe — que também integra a gestão do Manchester United. A entrada da INEOS no grupo acionário ocorreu em 2022.
Diante das especulações, uma porta-voz da equipe declarou que não há comentários adicionais sobre o assunto, reforçando que a estrutura de governança será mantida e que os três parceiros seguem comprometidos com o sucesso da escuderia.
O desempenho financeiro da Mercedes também reforça seu valor crescente: em 2024, a equipe registrou receita de US$ 858 milhões (R$ 4,5 bilhões) e lucro de US$ 151 milhões (R$ 852 milhões), segundo balanço divulgado em junho. Nas pistas, o time ocupa a vice-liderança do Mundial de Construtores de 2025, com 398 pontos. George Russell conquistou duas vitórias na temporada, enquanto o jovem Kimi Antonelli obteve seu melhor resultado ao terminar em segundo lugar no GP de São Paulo no último domingo.












