O futebol brasileiro perdeu um de seus maiores goleiros. Haílton Corrêa de Arruda, o Manga, faleceu nesta terça-feira (8), aos 87 anos, no Rio de Janeiro, vítima de câncer de próstata. O ex-atleta estava internado no Hospital Rio Barra e vinha lutando contra a doença.
Manga fez história com as camisas do Botafogo, Internacional e também da Seleção Brasileira. Reconhecido por sua coragem e por não usar luvas — o que lhe causou diversas fraturas e os característicos dedos tortos —, é lembrado como um dos maiores nomes da posição no futebol mundial.
Velório adiado por causa de jogo da Libertadores
Inicialmente marcado para a noite desta terça, o velório foi adiado para quarta-feira (9), pela manhã, no salão nobre de General Severiano, sede social do Botafogo. A mudança se deu por conta da partida do clube carioca contra o Carabobo, pela Copa Libertadores.
O presidente do Botafogo, João Paulo de Magalhães Lins, prestou homenagem ao ídolo:
“Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações”, disse o dirigente.
Carreira vitoriosa
Natural de Recife, Manga iniciou a carreira no Sport e chegou ao Botafogo em 1959. Permaneceu no clube até 1968, sendo bicampeão carioca (1961 e 1962) e figura importante em duas gerações vitoriosas, ao lado de lendas como Garrincha, Nilton Santos, Gérson e Jairzinho.

No Internacional, onde atuou entre 1974 e 1977, foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tricampeão gaúcho (1974, 1975 e 1976), consolidando seu nome como ídolo em mais de um grande clube.
Manga também brilhou no Nacional, do Uruguai, e no Coritiba, além de ter defendido o Brasil como goleiro titular na Copa do Mundo de 1966.
Símbolo eterno do gol
Manga completaria 88 anos no próximo dia 26 de abril — data que inspira a celebração do Dia do Goleiro, homenagem mais do que merecida a um símbolo da posição.