O retorno de Neymar ao time titular do Santos, na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG, nesta quarta-feira (16), durou menos do que o esperado. O camisa 10 atuou por apenas 34 minutos até sentir novamente dores na coxa esquerda, ser substituído e deixar o campo chorando, preocupado com uma possível nova lesão.
A partida, realizada na Vila Belmiro, era marcada por um clima de festa para o atacante. Neymar completava 100 jogos no estádio santista e foi homenageado com uma arte exibida no telão antes do início da partida. Além disso, usou uma camisa personalizada com o número 100 para celebrar o marco.
Em campo, porém, sua atuação foi discreta. Posicionado como segundo atacante, Neymar atuou atrás de Tiquinho Soares, colaborando na marcação e pressionando a saída de bola do Atlético-MG. Quando o time adversário avançava, o craque recuava para iniciar possíveis contra-ataques. No entanto, demonstrou certa hesitação em lances decisivos e evitou maiores esforços em jogadas que exigiam explosão física.

Capitão da equipe, Neymar se mostrou irritado com a arbitragem em alguns momentos, especialmente por não ter recebido mais faltas a seu favor. O árbitro Braulio da Silva Machado assinalou apenas uma infração contra o jogador, mesmo com o alto número de contatos durante o jogo.
Apesar da baixa intensidade, Neymar participou da construção de jogadas e teve 71% de aproveitamento nos passes. O drama veio aos 33 minutos do primeiro tempo, quando o atacante sentiu a coxa esquerda — a mesma que o afastou por 42 dias — e caiu no gramado com visível dor. Mesmo tentando continuar na partida, precisou ser substituído pouco depois, saindo às lágrimas.
A lesão anterior já havia tirado Neymar de jogos importantes, como a semifinal do Campeonato Paulista contra o Corinthians, um amistoso contra o Coritiba e as primeiras rodadas do Brasileirão, contra Vasco e Bahia. Após o jogo desta quarta, o camisa 10 deve passar por novos exames para identificar a gravidade do problema.
Com contrato válido até o fim de junho, Neymar ainda teria mais oito partidas pelo Santos. A diretoria do clube sonha em renovar o vínculo com o jogador até a Copa do Mundo de 2026, mas a sequência de lesões reacende o debate sobre seu futuro.