Após um mês afastado do circuito, Novak Djokovic está de volta às quadras. O sérvio estreia nesta sexta-feira (3) no Masters 1000 de Xangai, encerrando um período de descanso iniciado após a eliminação nas semifinais do US Open diante de Carlos Alcaraz. Durante a pausa, Djokovic não participou da Copa Davis, já que a Sérvia havia sido eliminada em fevereiro, e acompanhou de longe rivais como Alcaraz, em Tóquio, e Jannik Sinner, em Pequim.
O croata Marin Cilic será o primeiro adversário de Djokovic na competição, testando sua forma física e mental nesta reta final de temporada. Antes mesmo de jogar, o sérvio destacou que vê Alcaraz e Sinner como os principais parâmetros de comparação no circuito.
— Eu ainda quero competir no mesmo nível de Carlos e Jannik em Grand Slams. Se você não estiver 100% fisicamente contra eles, todo o seu jogo será afetado. Sei que é difícil vencê-los na melhor de cinco sets porque não chego tão bem quanto eles. Em torneios de melhor de três, que duram sete dias, sinto que tenho a melhor chance de vencer ou obter um resultado significativo — afirmou Djokovic.

Sobre sua temporada, o tenista ressaltou a consistência nos grandes torneios:
— Além das partidas que perdi contra Sinner e Alcaraz, joguei muito bem nos Grand Slams e cheguei às semifinais em todos. Isso mostra meu nível e regularidade, o que me deixa feliz. Mas, ao mesmo tempo, há uma parte de mim que sempre quer ser a melhor — disse.
O sorteio do Masters 1000 de Xangai pode colocar Djokovic frente a frente com Sinner nas semifinais. O sérvio admite que as derrotas recentes incomodam, mas não desmotivam.
— Não é ideal perder para os melhores do mundo em grandes jogos. Mas isso não me desencoraja. Não jogo tênis apenas por resultados ou troféus, há outras razões, como o carinho dos fãs e a contribuição para o crescimento do esporte — comentou.
Djokovic também criticou o novo formato dos Masters 1000, agora disputados em duas semanas:
— Eu me posicionei contra a extensão para duas semanas porque não acho que seja bom para os tenistas. Vejo jogadores falando sobre obrigações com torneios e participando de exposições ao mesmo tempo. É contraditório. Reclamamos, mas não fazemos o necessário para mudar — afirmou.
Por fim, o sérvio falou sobre a importância da família em sua carreira, mesmo que, desta vez, esposa e filhos não estejam presentes em Xangai:
— Meus filhos e minha esposa são meus maiores apoiadores. Vê-los nas arquibancadas me inspira ainda mais. Meu filho Stefan joga tênis e acompanha tudo. Ele queria viajar comigo para a China, mas precisa ir à escola, então não é tão simples — concluiu.