Novamente, o ano acaba em setembro.

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Na noite da última quinta-feira (25), presenciamos algo que, para muitos são-paulinos, era inimaginável. O São Paulo, em uma noite de Libertadores, com o Morumbis lotado e toda a mística que esse evento envolve, perdeu para a LDU. E não foi uma derrota qualquer: o Tricolor não conseguiu balançar as redes sequer uma vez em 180 minutos, sem contar os acréscimos.

A queda do São Paulo na Libertadores é mais do que uma simples desclassificação: ela mostra toda a desorganização que a gestão de Júlio Casares vem promovendo ao longo de seu mandato. Na última janela, o clube, infelizmente, teve todos os seus centroavantes lesionados. Calleri sofreu com LCA, mesma lesão que acometeu Ryan Francisco, joia da base que ainda não conseguiu ter sua sequência de jogos. E a última esperança que o clube tinha no elenco, André Dias, sofreu não só uma, mas duas lesões: uma no ligamento cruzado posterior e um estiramento no ligamento cruzado anterior.

Diante desse cenário, o São Paulo teve a oportunidade de trazer, por quatro meses, o centroavante Marcos Leonardo, atualmente no Al-Hilal, porém teria que desembolsar o valor de 12 milhões de reais. Casares optou por não trazê-lo, pois a proposta deste ano era não gastar com contratações e, no fim, trouxe Emiliano Rigoni, que, nos últimos quatro anos, marcou apenas nove gols — uma média que não chega a três gols por ano!

Dito isso, o São Paulo foi para cima da LDU e ouso dizer que foi superior nos dois jogos. Porém, no futebol, não se vive de superioridade numérica em finalizações, escanteios e posse de bola, e sim de gols. E quem foi muito bem nesse quesito foi o time de Quito, que não teve tantas chances quanto o Tricolor, mas soube aproveitar as que teve.

O que resta ao São Paulo é a briga pela classificação para a próxima Libertadores por meio do Campeonato Brasileiro, competição que o time volta a disputar na próxima segunda-feira (29), às 20h30, no estádio do Morumbis contra o Ceará.

O Tricolor se despede da competição que os torcedores tanto amam e, novamente, o ano acabou em setembro!