“O Rio em Busca da Glória: A Favela que Quer Fazer História no Pacaembu”

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O time do Rio de Janeiro chega à final da Taça das Favelas Nacional 2025 com uma campanha de encher os olhos. Foram 13 gols marcados, apenas 4 sofridos em 5 jogos, e uma invencibilidade que transformou a equipe carioca em uma das sensações do torneio.

O destaque da competição é Lucas Rodrigues, artilheiro do campeonato e principal referência ofensiva do Rio, ao lado de Kayan, outro nome decisivo e símbolo da entrega do elenco. Juntos, eles comandam um ataque que impressiona pela intensidade, criatividade e pela força coletiva.

Além deles, Wallace também vem sendo peça-chave na construção ofensiva — já soma 3 assistências — mostrando que o segredo do sucesso carioca está no entrosamento e na confiança entre os jogadores.
O grupo é comandado por João Vitor, treinador principal, e Robert, seu auxiliar, que souberam unir talento, foco e disciplina em busca de um objetivo que está cada vez mais próximo: o primeiro título nacional da equipe carioca.

Quem conversou com a equipe do Arena FC foi o técnico João Vitor, que abriu o jogo sobre a preparação, o clima nos bastidores e a expectativa para o grande duelo deste sábado, no Pacaembu.

 

foto tirada do instagram "futebolquebrada"

Entrevista – João Vitor, treinador da equipe do Rio de Janeiro

Paulo Veras: Quantos gols e assistências a equipe soma até aqui na competição?
João Vitor: São 13 gols feitos e 9 assistências. Nosso artilheiro é o Lukinhas, com 6 gols, e o Wallace tem 3 assistências.

Paulo Veras: Como foi a preparação do grupo para encarar essa final tão importante?
João Vitor: Tivemos três treinos. Trabalhamos a parte física e mental dos atletas, treinamos bola parada e pênaltis em todos os treinos. Cada jogador bateu seis vezes ao longo dos três dias. Foi uma preparação completa, tanto no campo quanto na cabeça.

Paulo Veras: O que vocês ajustaram em relação aos primeiros jogos da competição?
João Vitor: A gente não pode entregar muito da estratégia (risos), mas a goleada de 6 a 0 do time reserva contra Pernambuco mostrou que o elenco é forte e que aqui não existem titulares e reservas — temos um grupo unido e competitivo, que dá orgulho de ver jogar.

Paulo Veras: Como foi a preparação mental do time para lidar com a pressão de uma final histórica?
João Vitor: A gente conversa muito com eles sobre a oportunidade de jogar a primeira final do Rio no nacional. Os garotos estão tranquilos, conscientes do tamanho do jogo e focados em cumprir o objetivo.

Paulo Veras: Vocês mencionam muito que não têm titulares e reservas, mas sim um grupo unido. Como isso influencia a dinâmica da equipe em campo?
João Vitor: Isso muda tudo. Os garotos se respeitam e correm uns pelos outros. Até nos treinos a disputa é saudável — ninguém sabe quem vai começar jogando, e isso mantém o ritmo alto e o grupo fechado.

Paulo Veras: A expectativa é de mais de 50 ônibus de torcedores vindo do Rio. Como isso impacta o clima do time antes da final?
João Vitor: Os jogadores estão ansiosos pra ver a família e a comunidade no estádio. Isso dá um gás a mais pra buscar o título. Sentir a energia do povo do Rio no Pacaembu vai ser especial.

Paulo Veras: O que representa pra vocês levar a torcida da comunidade ao Pacaembu em uma final inédita?
João Vitor: É um momento inesquecível pra cada um desses meninos. Todos vão ser lembrados pela história que estão construindo. Levar a favela pro Pacaembu é mostrar que o futebol transforma e une. Isso vai muito além de um jogo — é sobre representar o nosso povo.

Paulo Veras: Se pudessem deixar uma mensagem pros torcedores que estão chegando, o que diriam?
João Vitor: É importante ter o apoio e ver essa mobilização dos familiares. Todos estamos muito felizes com essa quantidade de torcedores indo pra São Paulo. Pedimos paz no estádio — o Rio passou por um momento complicado, e é hora de levar o futebol como alegria pra mudar esse cenário. Queremos que apoiem e acreditem até o último minuto, assim como os atletas vão lutar até o apito final.

Paulo Veras: Pra encerrar, João, deixa um recado pra galera. Por que o Brasil precisa apoiar o Rio de Janeiro nessa decisão? E confirma pra gente: os 50 ônibus vêm mesmo?
João Vitor: Tem 50 ônibus confirmados, sim. A mobilização é enorme. É bonito ver tanta gente do Rio se unindo pra apoiar o time.
Primeiramente, nem foi preciso muita convocação — os pais e as favelas se mobilizaram por conta própria. Eles acreditam nesses meninos que estão fazendo história. Só de chegar à final, já escreveram um lindo capítulo pro estado do Rio, no masculino, porque o feminino já é tricampeão nacional.
Além de representarem o feminino, esses garotos representam todas as favelas. Isso mostra união dentro e fora de campo, e a confiança que todos têm neles. O futebol é o que nos une, e essa final vai ser pra entrar pra história.

O Rio de Janeiro entra em campo neste sábado, no Pacaembu, carregando o orgulho de milhares de torcedores e o sonho de uma cidade inteira.
A favela vai estar lá, em peso — dentro e fora do campo — pronta pra gritar por um título que pode mudar a história desses garotos e marcar a trajetória deles no futebol das comunidades do Brasil.

 

Acompanhe a cobertura da União Sports Rádio

A equipe da União Sports Rádio estará presente no Mercado livre arena Pacaembu acompanhando de perto todos os detalhes da grande final da Taça das Favelas 2025, tanto a final feminina quanto a masculina, trazendo informações e novidades direto do campo. Então acompanhe a gente nas redes sociais para não perder nada!

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