O SÃO PAULO MORREU E VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU.
A dura realidade de quem insiste em acreditar em fantasmas
Prepare-se para o choque de realidade mais amargo que um torcedor são-paulino pode receber: o clube que você ama, aquele dos três mundiais, das noites mágicas no Morumbi, da escola de futebol que encantava o planeta, simplesmente não existe mais. O que resta é apenas um cadáver administrativo vestindo as mesmas cores, sustentado pela ingenuidade de milhões de torcedores que se recusam a aceitar o óbito.
A necrópsia é simples e devastadora. Causa da morte: incompetência gerencial crônica, agravada pela síndrome aguda de amadorismo político.
Julio Casares: O COVEIRO MOR DO TRICOLOR
Falar de Julio Casares como presidente do São Paulo é como discutir a capacidade de um cardeal para pilotar um caça F-16. Tecnicamente possível? Talvez. Recomendável? Absolutamente não. Desastroso? Com toda certeza.
Casares transformou o Morumbi em um laboratório da incompetência administrativa, onde cada decisão parece ter sido tomada após uma sessão de brainstorming entre amadores bêbados. Sob sua gestão, o São Paulo não administra – improvisa. Não planeja – reage. Não constrói – demole sistematicamente tudo que ainda funcionava.
Os números são mais cruéis que qualquer crítica jornalística. Um presidente que consegue a proeza de falir financeiramente um dos maiores patrimônios do futebol mundial deveria estar estudando para concursos públicos, não dirigindo uma instituição centenária. Sua gestão é um manual de como destruir uma marca global em tempo recorde.
Carlos Belmonte: A MEDIOCRIDADE TRAVESTIDA EM EXPERTISE
Se Casares é o coveiro, Carlos Belmonte é o becario que escolhe os caixões mais baratos e defeituosos do mercado. Como diretor de futebol, Belmonte elevou a incompetência técnica ao status de arte. Suas contratações parecem fruto de uma consulta ao I-Ching ou de recomendações do cunhado de alguém.
Belmonte personifica tudo que há de errado no futebol brasileiro: a cultura do “jeitinho”, da improvisação, da falta de critério técnico. Enquanto clubes sérios investem em departamentos de análise de dados, scout científico e planejamento estratégico, o São Paulo tem Belmonte – um homem que parece acreditar que futebol ainda se resolve com “olhômetro” e boa vontade.
Sua gestão no departamento de futebol transformou Cotia de celeiro de craques em liquidação permanente de talentos. Vende barato, compra caro e mal. É a fórmula perfeita para a mediocridade sustentável.
O CEMITÉRIO DA EXCELÊNCIA
Onde estão os Turíbio Leite de Barros, os Moraci Santanna, os profissionais que fizeram do São Paulo sinônimo de excelência mundial? Aposentados, esquecidos ou trabalhando para quem realmente valoriza competência. No lugar deles, temos um exército de “amigos do rei”, distribuídos em cargos por critérios que nada têm a ver com mérito profissional.
O departamento médico virou piada nacional. Jogadores se contundem e suas famílias descobrem o diagnóstico pela imprensa. Boletins médicos são tratados como segredo de Estado, talvez porque revelariam a incompetência crônica de quem deveria cuidar do bem mais precioso do clube: seus atletas.
COTIA: O CRIME CONTRA O FUTURO
Se existe algo mais revoltante que a destruição do presente são-paulino, é a criminosa dilapidação de seu futuro. Cotia, que deveria ser o Real Madrid das categorias de base mundiais, virou um bazar de liquidação permanente.
Formam-se joias, vendem-se por tostões. Contratam-se refugos, pagam-se fortunas. A lógica é invertida, perversa, suicida. Enquanto outros clubes faturam centenas de milhões com suas revelações, o São Paulo praticamente doa seus talentos para rivais que sabem valorizar o que produzem.
A TORCIDA REFÉM DA PRÓPRIA PAIXÃO
Vinte e dois milhões de torcedores transformados em plateia de um espetáculo grotesco. Uns protestam com dignidade, outros fazem selfie com os responsáveis pelo naufrágio. A mídia alternativa, que deveria ser porta-voz da indignação, preocupa-se mais com likes e monetização do que com soluções.
É a democratização da mediocridade: todos são corresponsáveis por aceitar o inaceitável, por normalizar a incompetência, por transformar paixão em conformismo.
A METAMORFOSE DA GRANDEZA EM VERGONHA
O São Paulo já foi vanguarda mundial. Hoje é case de como não se administra um clube de futebol. Já foi orgulho nacional. Hoje é constrangimento internacional. Já foi escola de futebol. Hoje é faculdade de amadorismo.
A transformação é completa e irreversível sob a atual gestão. Não é crise – é estado vegetativo administrativo. Não é fase ruim – é morte cerebral gerencial.
O EPITÁFIO DE UMA ERA
Aqui jaz o São Paulo Futebol Clube que conquistou o mundo. Morreu de incompetência administrativa aguda, aos 94 anos de idade. Deixa órfãos 22 milhões de torcedores que ainda não aceitaram que estão chorando um morto.
A verdade dói, mas é libertadora. Enquanto você não aceitar que o São Paulo que amava já morreu, continuará sendo refém de quem lucra com sua nostalgia e sua esperança mal direcionada.
O primeiro passo para ressuscitar um morto é reconhecer que ele está morto. O São Paulo que você conheceu não existe mais. E fingir que existe só fortalece quem o matou.
Julio Casares e Carlos Belmonte não são a causa da morte – são apenas os legistas que assinam o atestado de óbito todos os dias, com a cumplicidade de quem prefere viver na ilusão a enfrentar a realidade.
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