foto : cindy paulino

Em uma final equilibrada e decidida nos pênaltis, a seleção feminina da Paraíba conquistou o vice-campeonato nacional da Taça das Favelas 2025, após empatar com Minas Gerais no tempo regulamentar, neste sábado (1º), no Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo. O resultado representou a melhor campanha da história do estado na competição e confirmou o avanço do futebol feminino das comunidades paraibanas no cenário nacional.

A partida foi intensa do início ao fim. A Paraíba controlou momentos-chave, encontrou espaços e testou a goleira adversária, mas esbarrou na marcação mineira. Na etapa final, o jogo ficou mais físico, e a decisão foi para os pênaltis. Nas cobranças, o time paraibano desperdiçou duas batidas e fechou a campanha com o vice.

Mesmo sem a taça, o sentimento foi de conquista. “É uma honra enorme representar a Paraíba”, disse Tamara Alves, artilheira e referência técnica da equipe, ao destacar a caminhada do grupo. “A gente respeita as adversárias, mas entra pra buscar o título. Essa campanha mostra a força da nossa quebrada.”

foto : cindy paulino / tamara alves final da taça das favelas

No pós-jogo, a comissão reforçou que o desempenho supera o placar. “A Paraíba sai de cabeça erguida pelo jogo que fez. Pênalti é detalhe, e hoje não convertemos alguns”, afirmou a coordenação técnica. “Saímos derrotados no placar, mas não na mente. A Paraíba está de parabéns. Agora é ter calma, voltar mais forte no próximo ano e seguir chegando às finais.”

Em tom de agradecimento, a coordenação ainda destacou o papel de quem sustentou o projeto: “Isso aqui é uma festa da Paraíba. O povo paraibano abraçou a equipe, e isso fez diferença.”

A campanha histórica ampliou a visibilidade do futebol feminino nas comunidades do estado, mobilizando projetos sociais e revelando talentos que até aqui viviam longe dos holofotes. “Cada gol foi um recado: a gente também pode”, resumiu Tamara, ao lembrar o impacto do time para além do Pacaembu.

A Taça ficou com Minas, mas a Paraíba levou o respeito do país e um legado que não cabe na súmula: estrutura que evolui, grupo que amadurece e uma nova geração de meninas que agora se vê em campo grande. O vice, nesse contexto, vira ponto de partida. “A história não acaba aqui”, concluiu a coordenação. “A gente volta.”