Pedrinho entra com pedido de recuperação judicial do clube e da SAF do Vasco

-

O Vasco anunciou, na noite desta segunda-feira, que entrou com um pedido de recuperação judicial para o clube e para a SAF. A decisão já vinha sendo planejada desde setembro do ano passado, seguindo o mesmo caminho adotado anteriormente pela SAF do Cruzeiro. Apesar da medida, a diretoria garantiu que os investimentos no futebol seguirão normalmente, assim como o pagamento em dia dos salários e demais compromissos financeiros.

“Decisões difíceis, mesmo quando amargas e impopulares, não diminuem a convicção e determinação da atual administração de enfrentar esse desafio de maneira firme e responsável. Ou se encara a realidade, ou corre o risco de seguir repetindo os mesmos erros do passado”, diz um trecho do comunicado divulgado pelo clube.

Para Pedrinho e sua equipe, a recuperação judicial é um passo essencial no processo de reestruturação financeira do Vasco. A diretoria entende que essa é a maneira mais segura e eficiente de lidar com as dívidas acumuladas. Segundo levantamento feito pela consultoria Alvarez & Marsal, contratada para assessorar o clube no tema, a dívida total do Vasco gira em torno de R$ 1,4 bilhão.

Foto: Dikran Sahagian/Vasco

Desde 2021, antes mesmo da transformação em SAF, o Vasco já havia aderido ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), que previa o pagamento de ações trabalhistas e cíveis no valor de aproximadamente R$ 223 milhões. Nesse modelo, 20% das receitas correntes do clube são destinadas à quitação desses débitos.

A principal diferença entre os dois modelos está no processo de aprovação. No RCE, a Justiça pode aceitar ou rejeitar o plano de pagamento apresentado pelo clube. Já na recuperação judicial, um administrador judicial é nomeado para conduzir o processo, normalmente um escritório de advocacia especializado.

O Cruzeiro adotou a mesma estratégia de recuperação judicial como exigência do ex-investidor Ronaldo no processo de aprovação da SAF. No caso do clube mineiro, a Justiça aprovou o pedido apenas dois dias após o protocolo.

No modelo de recuperação extrajudicial, por outro lado, não há a necessidade de um administrador judicial, e parte das dívidas incluídas no RCE pode ser excluída do novo plano de pagamento.

Carlos Augusto
Carlos Augusto
Sou jornalista, pós-graduado em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais, com graduação em Jornalismo e formação técnica em Administração. Minha carreira em Comunicação é marcada pelo desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração de fatos, controle e elaboração de relatórios, além de criação de conteúdo voltado tanto para comunicação externa quanto interna. Ao longo da minha trajetória, atuei no desenvolvimento de pautas e redação de matérias, criação de conteúdo visual e apoio em campanhas de endomarketing. Nessas funções, minha dedicação à precisão e à responsabilidade na transmissão de informações tem sido uma constante.

OUTRAS MATÉRIAS

Flamengo desafia desfalques e altitude para confirmar vaga diante do Bolívar...

Desfalcado e na altitude de La Paz, o Flamengo vai em busca da vaga nas quartas de final da Copa Libertadores nesta quinta, às...
Sair da versão mobile