O técnico Pedro Caixinha recorreu à FIFA para cobrar do Santos o pagamento da multa rescisória de aproximadamente 2 milhões de euros — cerca de R$ 15 milhões. O estafe do treinador exige o valor à vista, conforme cláusula contratual, enquanto o clube tenta negociar o parcelamento da dívida.
Desde a demissão de Caixinha, no dia 14 de abril, seus representantes defendem o direito ao recebimento integral da multa em até dez dias, como previsto em contrato. O Santos, alegando dificuldades financeiras, propôs o pagamento parcelado ao longo de três anos, até o final do mandato do presidente Marcelo Teixeira, em 2026.
Segundo fontes internas, a diretoria santista justifica a proposta com o argumento de que “nem clubes árabes quitam rescisões à vista”. Diante do impasse, e com o prazo contratual expirado na sexta-feira (2 de maio), os advogados de Caixinha formalizaram a ação na entidade máxima do futebol mundial. O caso agora será conduzido pelo departamento jurídico do clube, podendo até culminar em sanções como um transfer ban.

Pedro Martins, CEO do Santos e responsável direto pela contratação de Caixinha, está à frente das negociações ao lado dos setores financeiro e jurídico. Mesmo após a ação na FIFA, o clube afirma que segue aberto a um acordo e mantém a promessa de quitar a dívida até o fim da atual gestão.
Outro ponto que gerou desconforto foi a descoberta, por parte da equipe de Caixinha, de que o Santos havia registrado a saída da comissão técnica no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF sem a assinatura da rescisão. Surpresos, os representantes do técnico solicitaram explicações à entidade. Pouco depois, o Santos oficializou a inscrição do novo técnico, Cleber Xavier.