Pedro Caixinha, analisou a derrota do Santos para Palmeiras, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. Para o treinador, o time não foi intenso o suficiente para competir com o rival em igualdade de condições.
“Em termos gerais, jogar contra o Palmeiras precisa ser muito competitivo. Eles marcaram até o último minuto. Faltou a intensidade que queremos e que vamos ter. O jogo pedia que fôssemos mais competitivos. Não se trata apenas de posicionamento, mas de competir efetivamente. Em alguns momentos, não conseguimos, e isso nos penalizou muito”, ponderou Caixinha.
Ele continuou sua análise: “O que sabemos do Palmeiras é que eles exploram bem a profundidade e as costas da última linha com o goleiro. A equipe não entrou bem no jogo. No primeiro lance, nossa linha de pressão não funcionou, e a defesa ficou para trás, criando um desequilíbrio. O Palmeiras teve uma oportunidade em 10 segundos. Queríamos criar momentos de pressão, mas não fomos tão agressivos e competitivos como eu gostaria. Conseguimos defender a profundidade, mas falhamos na defesa após a segunda bola, que o Palmeiras ganhou e ficou de frente para nossa última linha.”
Após perder Thaciano com 20 minutos de jogo, Caixinha fez todas as suas mudanças ao longo da partida, mas duas delas chamaram atenção: Lucas Braga entrou na vaga do meia lesionado, mas foi substituído na etapa final pelo volante Tomás Rincón. Além disso, Hayner, um lateral, entrou na ponta direita.
Caixinha explicou a escolha de um ala para atacar: “A saída precoce do Thaciano limitou muito nossas opções. Estávamos bem com a saída pela direita quando ele estava em campo. Depois, Lucas entrou, que entendo ser um ponta, mas não tínhamos mais opções de pontas e verticalidade. Hayner entrou por ser um jogador com capacidade física, capaz de atacar e fechar o corredor. Essa foi a lógica da mudança.”
Ele também comentou sobre a parte técnica da saída de Braga: “No primeiro jogo, mencionei que as equipes que têm mais tempo para treinar têm uma vantagem física. Isso ficou evidente. Não temos essa possibilidade e precisamos seguir com as opções e dinâmicas que temos. Sabemos do risco de lesões e desgaste, mas não temos outra escolha. Antes do jogo contra o Mirassol, avisei que tinha um histórico de substituições aos 20 minutos. Não há uma regra no futebol sobre quando fazer mudanças, e um jogador que entra pode sair. Naquele momento, estávamos desequilibrados no meio de campo. Soteldo é um bom jogador, mas indisciplinado taticamente. Quando isso acontece, precisamos ter soluções no banco para manter a criatividade e equilibrar a equipe. Precisávamos de um meio-campista com mais presença.”
Pela primeira vez, Caixinha falou sobre possíveis contratações que ainda deseja ter na equipe para evitar trocas como a de Hayner na ponta direita: “Precisamos de pontas, claramente. Alguns jogadores estão indo no sacrifício e ficando até o final. Perdemos profundidade, criatividade e capacidade de agredir pelas laterais. No meio, temos apenas três jogadores no momento. Também precisamos avaliar a situação do centroavante. Começamos com o Luca, que sentiu emocionalmente o jogo. Ele é mais do que isso. Esperamos mais do Wendel. Já temos praticamente as posições definidas: precisamos de pontas, um reforço forte no meio de campo e na parte central do ataque”.