Ser campeão é sempre motivo de celebração. Mas conquistar um título após um longo jejum tem um sabor ainda mais especial. Foi o que viveu a Ponte Preta, que no último sábado conquistou o primeiro título nacional em 125 anos de história, ao levantar a taça da Série C do Campeonato Brasileiro diante do Londrina, na decisão.
Com a conquista, o clube de Campinas deixa uma lista que reúne vários times tradicionais do futebol brasileiro que seguem há décadas sem erguer uma taça nacional. Aproveitando o embalo da vitória da Ponte, o ge fez um levantamento com os maiores jejuns de títulos do país, considerando diferentes recortes e competições.

Vale destacar que campeonatos regionais, como a Copa do Nordeste, e torneios independentes, como a Primeira Liga (disputada em 2016 e 2017), não foram incluídos no levantamento.
Os maiores jejuns entre clubes com títulos nacionais
A lista inclui apenas clubes das três principais divisões do futebol brasileiro que já conquistaram títulos nacionais, mas que não vencem há muito tempo.
Quatro equipes da Série A figuram entre os nomes, com o Bahia sendo o time da elite há mais tempo sem um troféu. A liderança, porém, pertence ao Londrina, que chegou perto de quebrar a seca, mas acabou derrotado pela Ponte Preta na final da Série C.
Confira o ranking:
45 anos – Londrina (campeão da Série B em 1980)
44 anos – Guarani (campeão da Série B em 1981)
37 anos – Bahia (campeão brasileiro em 1988)
33 anos – Internacional (campeão da Copa do Brasil em 1992)
27 anos – Avaí (campeão da Série C em 1998)
26 anos – Juventude (campeão da Copa do Brasil em 1999)
23 anos – Paysandu (campeão da Copa dos Campeões em 2002)
19 anos – Criciúma (campeão da Série C em 2006)
17 anos – Sport (campeão da Copa do Brasil em 2008)
15 anos – Coritiba (campeão da Série B em 2010) e ABC (campeão da Série C em 2010)
Jejuns históricos fora da elite
Quando o levantamento é ampliado para incluir todos os clubes que já conquistaram um título nacional, o Villa Nova-MG aparece na liderança. Campeão da Série B em 1971, o time mineiro não disputa uma competição nacional desde 2020.
Veja os maiores períodos sem títulos nacionais:
54 anos – Villa Nova-MG (campeão da Série B em 1971)
45 anos – Londrina (campeão da Série B em 1980)
44 anos – Guarani (campeão da Série B em 1981) e Olaria (campeão da Série C em 1981)
43 anos – America-RJ (campeão do Torneio dos Campeões em 1982) e Campo Grande-RJ (campeão da Série B em 1982)
42 anos – Juventus-SP (campeão da Série B em 1983)
41 anos – Uberlândia (campeão da Série B em 1984)
37 anos – Bahia (campeão brasileiro em 1988) e Inter de Limeira (campeã da Série B em 1988)
33 anos – Internacional (campeão da Copa do Brasil em 1992) e Tuna Luso (campeã da Série C em 1992)
30 anos – XV de Piracicaba (campeão da Série C em 1995)
29 anos – União São João (campeão da Série B em 1996)
* Em 1994, o Grêmio Esportivo Novorizontino foi campeão da Série C nacional. O clube, porém, foi extinto. Não confundir com o Grêmio Novorizontino, que atualmente disputa a Série B.
Clubes tradicionais ainda sem conquistas nacionais
Além dos jejuns de quem já levantou taças, há uma lista ainda mais incômoda: a dos clubes que nunca conquistaram um título nacional, apesar da longa trajetória no futebol.
A liderança pertence ao Athletic Club, de São João del-Rei (MG), fundado em 1909. A equipe voltou ao profissionalismo apenas em 2018, após quase meio século afastada das competições oficiais.
Veja o ranking dos clubes que ainda buscam a primeira conquista nacional:
116 anos – Athletic (fundado em 1909)
113 anos – CRB (fundado em 1912)
111 anos – Ceará (fundado em 1914)
104 anos – Figueirense (fundado em 1921)
101 anos – Ypiranga-RS (fundado em 1924)
90 anos – Caxias (fundado em 1935)
89 anos – Confiança (fundado em 1936)
87 anos – Itabaiana (fundado em 1938)
79 anos – Anápolis (fundado em 1946)
71 anos – Floresta (fundado em 1954)












